Movimento Não Alinhado se reúne por fim de massacre na Palestina

O Movimento dos Países Não Alinhados (Noal, na sigla em espanhol) reuniu-se nesta segunda-feira (4), no Irã, para tratar da agressão que Israel tem feito contra a Palestina nos últimos 26 dias.

Palestinos desolados diante de destruição provocada por Israel

Quarenta representantes dos 102 países que compõem a organização estão reunidos em Teerã, sob o comando do presidente do país anfitrião, Hassan Rouhani, que pediu a todos que empreendam passos sólidos para restabelecer os direitos da nação palestina e colocar um fim à criminosa agressão de Israel à Faixa de Gaza.

O texto da resolução adotada pelo movimento denuncia o "letal, indiscriminado e excessivo uso da força de Israel, a potência ocupante" contra civis, que "provocou a morte e ferimentos em milhares de indefesos palestinos, a grande maioria delas crianças e mulheres, no que representa uma evidente e sistemática violação da legislação internacional e dos direitos humanos".

No texto é destacada "a destruição gratuita de milhares de lares palestinos, negócios, infraestrutura civil vital, mesquitas, escolas, instituições públicas, fazendas e instalações da ONU", assim como fontes de água e eletricidade, hospitais e centros médicos.

Também são condenados os "ataques contra trabalhadores humanitários e de emergências e jornalistas".

O Noal exige o cessar-fogo incondicional por parte de Israel e chama os países a exercer "esforços sérios e coletivos para garantir um cessar-fogo baseado na iniciativa do Egito de novembro de 2012".

Os chanceleres também apoiam "as legítimas demandas da delegação do Estado da Palestina" e exigem "o imediato e completo levantamento do bloqueio israelense imposto à Faixa de Gaza, que constitui um castigo coletivo em massa a seus habitantes, transgride a legislação humanitária internacional" e deu lugar a "uma calamitosa situação humanitária e sanitária".

A reunião extraordinária de chanceleres do Noal evidencia a importância que o movimento dá ao tema palestino, o conflito de mais longa duração no mundo contemporâneo, observou o presidente Rohani.

O Irã, que atualmente preside o Movimento dos Não Alinhados, acredita que a reunião aberta nesta segunda-feira possa criar uma boa oportunidade para explorar as atuais condições nos territórios palestinos ocupados, especialmente em Gaza.

Embora o comitê do Noal sobre a Questão Palestina seja formado por 13 nações, representantes de mais 40 países participam do encontro de um dia, que é mais um evento destinado a chamar a atenção do mundo sobre o genocídio sionista, segundo disseram fontes do Ministério das Relações Exteriores do Irã.

Chanceleres da Argélia, Cuba, Bangladesh, Egito, África do Sul, Zâmbia, Malásia, Zimbábue, Índia, Palestina e o anfitrião, entre outros, participam na reunião, que tem como uma das prioridades coordenar mecanismos para enviar ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Khavad Zarif, presidiu o evento e reiterou a repulsa generalizada das nações que compõem o Noal em relação ao que descreveu como agressão bárbara, criminosa e genocida do Estado sionista, que causou mais de 1.750 mortes e provocou ferimentos em mais de 5 mil pessoas em 26 dias.

Com informações da Prensa Latina e agências