Rússia, União Europeia e Ucrânia não chegam a acordo sobre crise

Foi realizada nesta terça-feira (26), em Minsk, capital da Bielorrússia, uma reunião entre União Aduaneira ((formada por Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia), União Europeia (UE) e a Ucrânia. As três partes não chegaram a um acordo escrito sobre a crise ucraniana.

Casa destruída em Lugansk

Estiveram presentes na reunião o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, e a alta representante para relações exteriores e política de segurança da UE, Catherine Ashton.

Segundo Lukashenko, as três partes se esforçaram pela resolução da crise ucraniana, mas não chegaram a qualquer acordo escrito devido à complexidade da questão. Ele disse que a realização desta união é um novo passo para a resolução da crise e que todos os participantes já concordaram que é preciso atenuar os conflitos no país e libertar os prisioneiros, bem como resolver questões relativas a refugiados e auxílio humanitário. Lukashenko lembrou ainda que todos os lados já discutiram que a integração da Ucrânia à UE terá possivelmente influências negativas sobre os países membros da União Aduaneira. Todas as partes irão fazer um relatório de avaliação sobre esse assunto, no sentido de eliminar a ansiedade da União Aduaneira, acrescentou.

Na ocasião, Putin apontou que a reunião traz uma boa oportunidade para discutir as questões comerciais em relação com a integração da Ucrânia à UE. Segundo ele, a Rússia respeita a vida política de todos os países e não se opor a formação de alianças militares e econômicas entre quaisquer países. Ele acrescentou que o país espera que essas ações não tragam influências negativas aos interesses de outros países.

No mesmo dia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Yevgeny Pelebinis, confirmou que o país já recebeu um documento informando que a Rússia planeja enviar o segundo lote de materiais para o auxílio humanitário ao país. Ele disse que o transporte anterior da Rússia viola os critérios internacionais, sendo um ato ilegal. Devido a esta situação, a parte ucraniana acha que se a Rússia continuar os transportes de materiais, o país tem de aceitar que todos os produtos serão examinados por funcionários da fronteira e da alfândega, e também que esses materiais serão transportados e distribuídos pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

A crise na Ucrânia começou em meados de abril, quando parte da população do leste do país não aceitou a tomada de poder por parte das atuais autoridades ucranianas. Desde então, a força militar tem investido contra os contrários ao regime. Por sua Vez, o governo de Kiev acusa a Rússia de dar apoio logistíco, militar e financeiro a população do leste do país que está contrária ao poder estabelecido.

Da redação do Vermelho,
com informações da Rádio China Internacional