Primeiro-ministro britânico ameça Rússia com novas sanções

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, voltou a ameaçar a Rússia com sanções. Ele, assim como os outros membros da União Europeia e a própria Ucrânia, acusam os russos de envio de ajuda militar para a população do leste ucraniano, contrária ao atual governo do país.

Reino Unido - Olivia Harris / Reuters

"Não é suficiente participar das negociações em Minsk, quando os tanques russos continuam a atravessar a fronteira da Ucrânia. Tais ações devem ser imediatamente interrompidas", afirmouCameron em um comunicado.

"Conclamamos a Rússia a seguir outro caminho e encontrar uma solução política para a crise. Se a Rússia não o fizer, então, sem dúvida, serão novas consequências", disse o primeiro-ministro.

O presidente da Ucrânia, Piotr Poroshenko, anunciou esta quinta-feira (28) o cancelamento de sua visita à Turquia e conclamou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU em razão da ”rápida deterioração da situação na região de Donetsk". Ele acredita que "as tropas russas entraram no território da Ucrânia".

No entanto, o governo russo, reiteradas vezes, negou que tenha qualquer participação nos conflitos que ocorrem no leste da Ucrânia, ao contrário, enviou recentemente ajuda humanitária para a região e já anunciou que pretende enviar uma nova leva com suprimentos.

EUA e União Europeia têm pressionado diversos países, como China, Equador e Coreia do Sul, para que também participem das sanções ao governo russo. No entanto, nenhuma dessas nações demonstrou disposição em interromper o comércio com Moscou. Além disso, a própria União Europeia tem ignorado a insatisfação de boa parcela dos europeus, em especial os agricultores, os quais estão sendo muito prejudicados com tais sanções, ou seja, aparentemente é mais relevante para a organização dar seguimento ao jogo de força político, mesmo que isso prejudique os trabalhadores.

Não obstante, a mesma União Europeia incentivou as atuais autoridades ucranianas a tomarem o poder em fevereiro deste ano, para evitar uma aproximação que se desenhava entre Ucrânia e Rússia.

Tayguara Ribeiro, da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia