China anuncia cortes salariais para gerentes de empresas estatais

A China anunciou cortes salariais para os principais diretores das empresas estatais, a quem também se controlarão suas despesas e outras mordomias. O tema foi debatido e aprovado durante uma reunião nesta sexta-feira (30) do Bureau Político do Partido Comunista da China (PCCh) dirigida por seu secretário geral, o presidente Xi Jinping, de acordo com as versões oficiais publicadas na imprensa.

xi jinping - Reprodução

Este departamento do PCCh decidiu estabelecer um teto salarial dos executivos das empresas estatais, assim como a quantidade destinada as despesas das empresas, entre outros.

Também esta previsto impor restrições no uso de veículos oficiais e escritórios, despesas em treinamento, recepções, viagens de negócios dentro do país e ao estrangeiro, e em comunicações.

As versões divulgadas na imprensa nacional precisam que se proíbe estritamente a utilização de fundos públicos para propósitos pessoais e pretende-se deter o mau uso dos mesmos em adesões de clubes, bem como em centros de saúde e de entretenimento.

Em declarações ao diário China Daily, o pesquisador da Academia de Ciências Sociais, Luo Zhongwei, afirmou que estas medidas dão resposta a preocupações populares devido aos excessivamente altos salários dos executivos das empresas do Estado chinês.

Ainda que não se conhece oficialmente o montante dos cortes, informações publicadas na imprensa local disseram que estes poderiam chegar até 70% e que o salário anual de um executivo da estatal não poderia superar os 600 mil yuans, equivalente a aproximadamente U$ 97 mil.

O pesquisador comentou que esta medida é uma aproximação de "a todos por igual", e disse que nas empresas estatais sujeitas à concorrência do mercado o salário de seus diretores deveria depender de sua atuação.

“Para os servidores públicos, com cargos de muita importância, das companhias dedicadas ao bem-estar público, lhes deveria ser aplicado o modelo salarial dos empregados públicos”, opinou.

Por sua vez, o diário “Business News” de Shanghai comentou que os principais bancos poderiam ser os primeiros que sofreriam com estas novas medidas.

Fonte: Prensa Latina