EUA iniciam manobras militares e aumentam tensão com a Rússia

Navios de guerra dos Estados Unidos e da Ucrânia iniciam nesta segunda-feira (8) no noroeste do Mar Negro as manobras militares conjuntas "Sea Breeze 2014" que dão continuidade ao plano de expansão da Otan para as proximidades da Rússia.

USS Bataan (LHD-5), navio da Marinha dos EUA

As operações navais transcorrem até a próxima quarta-feira (10) e nelas intervêm 280 efetivos da Armada norte-americana, confirmou o Ministério da Defesa ucraniano.

As manobras incluem o controle da navegação mercante, a busca e detecção de embarcações transgressoras, inspeções, operações de resgate e outras missões, acrescentou a fonte.

Barcos do Canadá, da Espanha, Romênia e Turquia integram o destacamento de 12 naves de combate e embarcações auxiliares, ao passo que a França, a Geórgia, a Noruega e a Suécia enviaram observadores, segundo se informou.

As novas manobras começam antes da conclusão na Letônia, prevista também para esta segunda-feira, dos jogos de guerra da Otan "Steadfast Javelin 2", cujo objetivo era o deslocamento de cerca de mil soldados e armamento desse bloco em situações críticas.

Para o restante do ano, estão programadas outras manobras militares denominadas “Loyal Lance” (na Alemanha), “Noble Ledger” (na Noruega), “Rapid Trident” (na Ucrânia), “Anaconda (na Polônia) e “Trident Lance” (na Alemanha).

O secretário geral da Otan, Anders Fogh Rassmusen, confirmou recentemente que, pela primeira vez, serão deslocadas permanentemente tropas para novas bases situadas em países do Leste europeu, que fazem fronteiras com a Rússia, como Lituânia, Estônia e Letônia.

A partir do pretexto da crise promovida na Ucrânia precisamente pelos Estados Unidos e seus aliados, do rechaço de Moscou à ruptura da ordem constitucional em Kíev e da reunificação da Crimeia com a Rússia, as potências ocidentais voltam a esgrimir o fantasma da ameaça russa, segundo comenta a imprensa em Moscou.

Com essa justificativa, a reunião de cúpula realizada no País de Gales nas últimas quinta e sexta-feira (4 e 5), aprovou o deslocamento dessas forças, além da criação de um contingente de reação rápida de ao menos quatro mil homens para um eventual enfrentamento contra a Rússia.

Estas ameaças, obrigam a Rússia a atualizar sua doutrina militar antes do final de 2014, afirmou recentemente o subsecretário do Conselho de Segurança Nacional, Mikhail Popov.

Prensa Latina