Bancários intensificam negociações da Campanha Salarial 2014

Como nas últimas três rodadas, os bancos não apresentaram na última reunião propostas para as reivindicações da Campanha 2014, nesta quinta-feira (11) continuaram as negociações, entre elas a PLR e o reajuste de 12,5%. “Mais uma vez os bancos só enrolaram. Definiram uma última rodada de negociações nos dias 16 e 17, para apresentar no dia 19 a proposta global e definitiva”, declarou Emanuel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.

bancários da Bahia - Sindicato dos Bancários da Bahia

Nas negociações desta quarta-feira (10) foram debatidas algumas questões. O Comando Nacional dos Bancários apresentou um levantamento do Dieese mostrando que 93,2% dos acordos salariais assinados pelos trabalhadores no primeiro semestre contemplaram reajustes superiores ao índice de inflação, o que seria um argumento a favor dos trabalhadores. Também foi discutido o 14º salário, demanda que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) declarou não ter possibilidade de ser aprovada pelos bancos. O Comando também defendeu a criação de pisos de R$ 5.064,73 para primeiro comissionado e de R$ 6.703,31 para primeiro gerente, mas não receberam resposta dos bancos – eles alegam que se trata de uma questão específica de cada empresa.

Sobre isonomia salarial, a reivindicação dos bancários é para que os bancos se comprometam a aplicar a Convenção 100, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e o artigo 2º da Declaração de Direitos Humanos. Esses dispositivos asseguram a equivalência salarial para trabalho de igual valor. A Fenaban nega que exista diferenças salariais tanto entre funções como entre homens e mulheres. Quanto ao parcelamento do adiantamento de férias, a reinvidicação é que a devolução seja feita pelo banco em até dez parcelas iguais e sem juros, a partir do mês subsequente ao do crédito. A Fenaban prometeu que irá levar a reivindicação para os bancos.

Ainda na 16ª Conferência foi aprovada a reivindicação da equiparação dos vales-alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá ao valor do salário mínimo nacional, hoje em R$ 724,00. Os bancários também reivindicam a criação de um 13º vale-alimentação. Sobre o auxílio-educacional, a Fenaban argumentou que cada banco tem a sua política e não quer incluir a cláusula na Convenção Coletiva.

Fonte: CTB