Lula: “Temos 23 dias para mudar a história e levar Padilha ao governo”

Em caminhada na Zona Leste de São Paulo, ao lado do ex-presidente e da militância, o candidato Alexandre Padilha disse que acredita na força do povo nas ruas. "Vamos provar que a pesquisa que vale é a das urnas.”

Padilha ao lado do ex-presidente Lula e da mulher, Thássia Alves, em covenção realizada em São Paulo (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)

Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o candidato ao governo do estado de São Paulo pela coligação “Para Mudar de Verdade” (PT/PCdoB/PR), Alexandre Padilha, a militância tomou a avenida Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. “Faltam 23 dias para eleições. São 23 dias para decidirmos se queremos mudar definitivamente a história do estado de São Paulo, levando Padilha para o governo”, disse Lula para centenas de pessoas que caminharam pela avenida e assistiram ao ato político na Largo do Jardim Grimaldi.

“Temos mais quatro fins de semana, contando com este, até o dia das eleições. Está nas mãos, no coração e na alma de cada um de vocês. Vamos provar mais uma vez que a pesquisa que vale é a das urnas. Vamos fazer uma virada com o povo que vai votar 13”, declarou Alexandre Padilha.

O ex-presidente Lula lembrou que obras realizadas em São Paulo, como as do Rodoanel, tiveram repasses do governo federal para serem viabilizadas. “Mas isso, o governo do estado não diz. E se perguntarem para o governador sobre política de segurança pública, a única coisa que ele diz é que o problema está nas fronteiras. Parece que o crime organizado manda no governo do estado”, afirmou. “A verdade é que a maioria das armas utilizadas pelos bandidos não é contrabandeada da Rússia ou do Afeganistão; são armas roubadas e compradas aqui dentro do estado pelo crime organizado.”

Lula também ressaltou que o atual governador não tem respostas para problemas da saúde ou da educação. “A impressão que tenho é que ele não tem explicação a não ser estar governando para tomar cafezinho nas cidades do interior. Ele é uma figura neutra, não tem posição, é como feijão sem sal. Por isso foi apelidado de candidato chuchu”,disse o ex-presidente. O ex- presidente também chamou a atenção para a propaganda eleitoral do candidato tucano: “Parece que ele nunca vem na Zona Leste, no Grajaú, no Largo 13, em Pirituba. O mundo dele vai do palácio no Morumbi ao helicóptero para o interior”, completou.

Padilha explicou porque ele e Lula escolheram a Zona Leste da capital para realizar a atividade de campanha no Dia Estadual da Mobilização do PT. “O governador diz que a Zona Leste tem quatro milhões de habitantes e é uma região cheia de problemas. Para nós, a Zona Leste é a solução. O prefeito Fernando Haddad ganhará um parceiro no Palácio dos Bandeirantes, se eu for eleito. Juntos vamos trazer o desenvolvimento para esta região”, ressaltou.

Universidade Federal Na Zona Leste

O candidato comentou que tem planos para levar mais oportunidades para os moradores, na área da educação. Ele destacou que irá levar qualidade e estrutura para o prédio da USP Leste e quer construir, com a presidenta Dilma Rousseff, a Universidade Federal da Zona Leste de São Paulo.

Padilha voltou a lembrar que o governo do estado inaugurou o monotrilho com apenas duas estações, operando em teste nos finais de semana. “Alguém alguma vez viu ele fazer inauguração-teste no Metrô da avenida Paulista, de Higienópolis ou da Oscar Freire? Eu quero ser governador para tratar o povo da Zona Leste como deve ser tratado, como cidadão de primeira categoria. Comigo não haverá uma monoestação. Vamos levar o monotrilho até a Cidade Tiradentes, passando por Sapopemba para ajudar a melhorar a vida de quem estuda e de quem trabalha”, reforçou.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também criticou a forma como a população das periferias é tratada pelo governo do estado. “Não adianta prometer e inaugurar somente uma estação em quatro anos. Aqui não é Disneylândia. Aqui é Sapopemba. Aqui, as pessoas trabalham e precisam de transporte”, disse. Haddad lembrou que o governo federal tem repassado verbas para acelerar as obras no estado. “A Dilma não cansa de fazer convênio. Ela coloca dinheiro no Rodoanel, no Metrô, em hospital e creche, mas há 20 anos essas obras não são realizadas. Precisamos de um governador que pise no acelerador. O que o estado precisa é de um piloto de Fórmula Um, porque São Paulo não aguenta mais esperar para ver as mudanças. Vamos eleger Padilha governador e mudar a história do estado” , enfatizou Haddad.

Lula mencionou ainda que além da candidatura do atual governador existe um outro candidato “que foi presidente da FIESP” e questionou a possibilidade de os trabalhadores sentirem-se representados por uma candidatura que tem essa origem. “Eu sinceramente não consigo compreender como o trabalhador que luta a vida inteira para melhorar a vida dele, vai votar num presidente da FIESP para representar os interesses dos trabalhadores, não tem lógica”. O ex-presidente destacou que o momento agora é de discutir propostas “para mostrar que Padilha tem as melhores e é o mais qualificado para governar o estado”.

Também participaram da caminhada o presidente nacional do PT, Rui Falcão, o senador Eduardo Suplicy, candidato à reeleição, deputados federais e a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.

Caminhada Lilás

À tarde, o candidato Padilha participou da caminhada Lilás com as Mulheres, no centro da capital. Cerca de 1,5 mil militantes estiveram na caminhada, dentre eles, o presidente estadual do PT, Emídio de Souza. Representando as mulheres, estavam a ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Denise Motta Dau, a deputada federal Maria Lúcia Prandi, e a primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad.

Da Redação do Vermelho