Banco Mundial elogia Brasil por aumento de emprego e de salário 

Um estudo divulgado pelo Banco Mundial no início de setembro mostra que o Brasil e a China são os únicos países que conseguiram reverter a situação generalizada de desemprego que aflige o mundo inteiro atualmente. Segundo o Banco Mundial, o Brasil teve melhor desempenho do que os países desenvolvidos do G-20. A divulgação foi realizada durante encontro de ministros do Trabalho e do Emprego do G-20, na Austrália.  

Carteira de Trabalho - Agência Brasil

O ministro brasileiro do Trabalho, Manoel Dias, participou do encontro e disse que o Brasil tem experimentado, nos últimos 12 anos, um modelo de desenvolvimento sustentável na geração de empregos e na valorização do salário mínimo.

“Nós tivemos a criação de mais de 20 milhões de novos empregos, mais o aumento real do salário mínimo, que hoje está 82% acima da inflação. E isso tem sido o grande balizador do modelo que o Brasil adotou”, exaltou o ministro, já que esse fato impacta no poder de compra e, assim, reflete na economia do país.

O documento do Banco Mundial adverte que o mundo enfrenta uma crise de emprego generalizada que ameaça as perspectivas de uma retomada do crescimento econômico. “O relatório do Banco Mundial diz que antes de 2018 os países ricos afetados pela crise de 2008 não vão se recuperar”, explicou Dias.

Segundo o banco, será preciso criar 600 milhões de novos postos de trabalho em todo o mundo até 2030 apenas para lidar com o aumento da população.

De acordo com o documento, que também foi assinado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mais de 100 milhões de pessoas estão desempregadas nos países do G-20, enquanto 447 milhões são categorizados como “trabalhadores pobres”, vivendo com menos de US$ 2 dólares por dia.

“A crise vem continuando e a presidenta Dilma deu ênfase a essa política, e temos mantido a maioria absoluta dos brasileiros empregados. Pleno emprego nós estamos vivendo”, disse o ministro. Ele afirma que gerar emprego para a população é a função primeira do Estado, e que a presidenta Dilma garantiu, em seu governo, 5,6 milhões de novos empregos.

Para o ministro, tão importante quanto gerar emprego é o aumento real salarial. Segundo ele, no ano de 2013 e no primeiro semestre de 2014 todos os acordos salariais promovidos entre trabalhadores e empregadores alcançaram sempre aumento acima da inflação. “Então, o país que gera tantos novos empregos está em recessão? Pelo contrário”, afirmou Dias.

Jovens aprendizes

O Governo Federal está se empenhando também para gerar oportunidades de trabalho para os jovens brasileiros. A partir de agora as micro e pequenas empresas poderão contratar jovens aprendizes por meio do Programa Nacional de Acesso Técnico e Emprego (Pronatec), com recursos federais.

“Esse estágio é fundamental porque é a primeira experiência de trabalho. O jovem vai se qualificar para o primeiro emprego”, disse Manoel Dias. Segundo o ministro, levantamentos realizados pelo ministério apontam que 82% dos jovens depois de fazerem estágio ou aprendizado, permanecem no mercado de trabalho.

“A juventude vai se preparando para os momentos importantes que o Brasil vai empreendendo. Eles têm papel fundamental no processo de crescimento e na construção de um país justo, igual e democrático”, disse.

O ministro Manoel Dias também ressaltou que as políticas nacionais na área do trabalho decente são vanguarda no mundo inteiro. Segundo o ministro, as políticas do governo federal no combate ao trabalho similar ao escravo e ao trabalho infantil têm avançado muito no país e têm tido reconhecimento global.

Da Redação em Brasília
Com Imprensa PT