Primeiro-ministro palestino anuncia início de reconstrução de Gaza  

A reconstrução da Faixa de Gaza começará em outubro, em coordenação com a ONU, anunciou o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah.

Gaza

Conforme as estatísticas, mais de 110 mil palestinos da faixa ficaram sem moradia pela agressão militar de Israel entre julho e agosto, o que custou a vida de mais de 2.100 mil civis, a maioria mulheres e crianças.

O governo palestino acordou com Israel a entrada de materiais de construção, determinará a quantidade que se precisa e comitês da ONU supervisionarão que sejam empregados nesses fins, sublinhou o chefe de gabinete.

A faixa está bloqueada por Israel há oito anos e tem sido objeto de três devastadoras agressões militares pelo Exército de Tel Aviv: 2008-2009; fins de 2012 e a de julho e agosto passados, considerada a mais devastadora em todas as ordens.

“Companhias privadas estarão encarregadas da importação dos materiais de construção, os quais passarão por território israelense antes de entrar em Gaza”, precisou.

Parte dos recursos para o início da reconstrução serão fornecidos pelo Reino da Arábia Saudita que empreendeu 500 milhões de dólares, e se espera angariar mais fundos na conferência de doadores programada para acontecer no Cairo, capital egípcia, em outubro.

Sobre o processo de reunificação palestina, Hamdallah sublinhou que não existe um mecanismo preciso para entrar em vigor e que os assinantes do acordo "são responsáveis por encontrar soluções às questões pendentes".

O acordo de reconciliação assinado em abril entre Hamas, que rege de fato Gaza, e Fatah, componente maior da Organização para a Libertação da Palestina, possibilitou integrar um governo de unidade nacional.

A formação do gabinete unitário provocou a ira do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e estima-se que a agressão à faixa foi uma tentativa vã de conseguir a ruptura do pacto entre ambas as organizações palestinas.

Gaza é um dos territórios mais superpovoados e pobres do mundo, segundo estatísticas da ONU.

Fonte: Prensa Latina