Dilma: “Fizemos uma política no Brasil em que todos ganharam"

A presidenta explicou que, embora nos últimos 12 anos o Governo Federal tenha dado atenção especial às classes menos privilegiadas, não é correto afirmar que a administração dela é apenas para os pobres. “Fizemos uma política no Brasil em que todos ganharam. Nós estreitamos a parte de baixo da pirâmide. Diminuímos o número de pobres, aumentamos a parte do meio da pirâmide. A classe média do Brasil foi a que mais cresceu. E também aumentamos as classes A e B. Por isso, houve uma mudança significativa na estrutura da distribuição de renda do Brasil”, afirmou Dilma, após encontro com senadores, governadores e candidatos a governos estaduais da base aliada, além de integrantes da coordenação de campanha, em Brasília.

“As necessidades passam pelo fato fundamental de que o Brasil busque duas coisas simultaneamente: temos que olhar para os que ainda estão pobres. Se não olhar para o mais pobre, não está fazendo seu trabalho direito; tem que garantir emprego, aumentar salário e renda. Ao mesmo tempo, esse governo e os governos que virão, terão de enfrentar o desafio, também, de melhorar a qualidade do emprego para classe média brasileira”, afirmou Dilma, citando os programas Pronatec e Ciência Sem Fronteira, que garantem acesso ao ensino técnico de qualidade e ao que há de melhor em Educação no mundo.

Dilma falou também sobre a diversidade do povo brasileiro e da importância que cada pessoa tem para o país. “A visão mais atrasada do mundo é não perceber que cada um dos 202 milhões é importante. A gente tem compromisso com a democracia e a cidadania. Um país é medido pelo seu potencial humano e o Brasil é um imenso País, porque tem uma imensa população”, afirmou.

“Em nosso governo, tivemos uma preocupação fantástica de incluir os pobres no orçamento e elevá-los sempre a uma situação melhor. Temos orgulho de ter feito isso. Tiramos 36 milhões de pessoas da pobreza e levamos 42 milhões para a classe média”, disse Dilma.

Mais ascensão social

Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas e microdados da Pnad, apresentados pela presidenta, 54% da população brasileira estava nas classes D e E, em 2002. Com a política dos governos PT, aconteceu uma expansão da classe média, que passou de 68,5 milhões de brasileiros para 118,9 milhões As classes A e B passaram de 14,1 milhões para 29,5 milhões e as classes D e E, diminuíram de 97,8 milhões para 54,2 milhões. “Isso significa de que cada quatro brasileiros, três hoje estão nas classes mais altas. As classes A, B e C são compostas, então, por 73% dos brasileiros”, exaltou Dilma.

Segundo a presidenta, a classe que mais cresceu foi a C, que elevou pessoas às classes B e A. Com isso, foi modificada a estrutura de renda do Brasil. “Foi isso que transformou o Brasil de forma pacífica e silenciosa. Uma modificação na distribuição de renda no Brasil que levou a ter um perfil diferenciado do que tinha. Isso explica também porque as necessidades do país mudaram”, explicou.

Por esse motivo a presidenta acredita que a população tem pleiteado uma melhoria nos serviços públicos, na Saúde, na Educação e no transporte urbano. “O desejo das pessoas mudou junto com a estrutura de renda. O Brasil do passado não fazia metrô, porque metrô era coisa de rico. O governo era apenas para um terço da população”, disse a presidenta, afirmando que metrô é fundamental para o País, que possui 202 milhões de habitantes, com uma grande concentração populacional nas grandes cidades.

A presidenta defende, ainda, a realização de uma reforma política. “É uma das maiores armas contra a corrupção. Sem isso nós não daremos um passo a diante nessa luta que tem que ocorrer”, concluiu.

Fonte: Portal Dilma