EUA descarta possibilidade de Bagdá cair nas mãos do Estado Islâmico 

O presidente da Junta de Chefes de Estado Maior dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, descartou a possibilidade de que forças do Estado Islâmico (EI) ocupem Bagdá, a capital iraquiana.

Estado islâmico do Iraque

Em uma entrevista com a rede televisiva CNN, o oficial norte-americano de maior patente reconheceu que os jihadistas obtiveram avanços significativos na província de Al Anbar, no oeste do país, onde controlam quase toda a cidade de Hit, mas observou que isto não significa que possam avançar facilmente para Bagdá.

O chefe militar reiterou que não está previsto o envio de tropas terrestres ao palco de operações, ainda que deixou entrever que essa posição pode mudar em dependência da situação.

Dempsey tratou de responder às críticas da opinião pública e da imprensa estadunidense à estratégia do presidente Barack Obama contra os fundamentalistas no Iraque e na Síria e disse que essa operação, denominada pelo Pentágono Inherent Resolve (Determinação Inerente) precisa mais tempo para conseguir seus objetivos.

O militar afirmou que a luta contra EI em ambos países do Levante requer paciência e colaboração por parte da coalizão internacional liderada por Washington.

Síria

Centenas de estudantes sírios da Universidade de Alepo, norte do país, manifestaram em apoio aos habitantes e defensores da vizinha cidade de Ain al Arab, assediada pela organização extremista Estado Islâmico (EI).

Televisoras nacionais reportam nesta sexta-feira (17) que os jovens gritavam consignas de apoio ao presidente Bashar al Assad e ao exército nacional.

Ain al Arab será uma espinha nos olhos de nossos inimigos, afirmou Abdulkader al Hariri, secretário do governamental Partido Baaz Árabe Socialista nesse centro de estudos.

Dias atrás, um protesto similar se desenvolveu em frente à embaixada turca nesta capital contra a negativa de Ancara a apoiar os defensores da localidade apesar de estar localizada a centenas de metros da fronteira.

Os manifestantes denunciaram que as autoridades turcas apoiam grupos islâmicos, como o que realizou um duplo atentado recentemente em frente a uma escola na cidade central de Homs, que causou a morte de 32 pessoas, 22 delas crianças.

A cidade de Kobane, como é chamada pelos curdos, está sendo atacada por extremistas há 11 dias, quando chegaram a suas portas depois de conquistar dezenas de povos com uma ofensiva de três semanas.

Essa localidade estratégica está praticamente dividida em duas, depois do avanço dos radicais islâmicos para seu centro, apesar da enérgica defesa de seus habitantes.

A região é de grande importância para o EI, organização considerada terrorista pela comunidade internacional, porque permitiria vincular duas áreas atualmente controladas pelo grupo.

Além disso, tem cerca de 300 quilômetros de fronteira com a Turquia, país acusado pelas autoridades de Damasco de apoiar grupos radicais, em especial o Estado Islâmico.

Da redação do Vermelho,
com informações da Prensa Latina