Legado das Olimpíadas beneficia atletas em todo o Brasil

Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro 2016 serão realizados na capital fluminense em menos de dois anos, mas, para o Ministério do Esporte e o governo federal, a realização do evento é uma oportunidade de criar um legado para todo o país na área esportiva. Por isso, os investimentos estão sendo feitos não só no Rio, mas em várias regiões brasileiras.

velódromo - Danilo Borges/ME

Na última sexta-feira (24), o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, visitou duas cidades do interior de São Paulo que se encaixam no projeto do governo de levar o legado dos Jogos para outros estados e regiões.

Em Indaiatuba, Leyser visitou o novo velódromo da cidade, obra que já teve a primeira etapa – a pista – concluída e que recebeu pouco mais de R$ 5 milhões do governo federal. Para a segunda fase do projeto, está prevista a construção do Centro de Formação de Atletas de Ciclismo, que engloba a arquibancada para cerca de cinco mil pessoas e o bloco das equipes, com boxes, banheiros, ambulatórios, sala de imprensa, administração, cozinha, despensa, refeitório e terraço.

A previsão de entrega do Centro, que teve as obras iniciadas em junho deste ano, é de 15 meses. Quando concluído, o velódromo será o segundo do país com medidas oficiais e poderá receber competições internacionais. “O ciclismo tem uma tradição muito grande aqui em Indaiatuba. É um legado dos Jogos, de recuperação da estrutura do Brasil em cada modalidade para que possamos criar o caminho do atleta, onde ele treina e se desenvolve até chegar à Seleção Brasileira”, afirmou Ricardo Leyser.

Um dos beneficiados pelo velódromo será Armando Camargo Filho, morador de Indaiatuba e membro da Seleção Brasileira de ciclismo. “Este projeto é uma referência nacional e veio em uma boa hora, vai agregar muito ao ciclismo. Ficou muito mais viável, eu posso acordar e já estou na pista. É uma motivação extra para me esforçar ainda mais para conseguir os resultados positivos”, comemorou o ciclista, que antes tinha que ir a outras cidades para treinar.

Até 2016, a expectativa do Ministério do Esporte é contar com quatro velódromos no mesmo modelo pelo país. Além de Indaiatuba e Maringá, há uma pista em fase de licitação em Pinhais (PR) e haverá ainda o velódromo do Rio de Janeiro, que será utilizado durante os Jogos Olímpicos.

Piscina inovadora

Ainda em Indaiatuba, Ricardo Leyser visitou um projeto inovador em fase de construção no Centro Esportivo do Trabalhador (CET). Trata-se de uma piscina olímpica de 50m, mas com apenas quatro raias. Segundo o secretário, o resultado será acompanhado de perto e poderá ser incorporado pelo Ministério do Esporte em outros projetos.

“Uma piscina olímpica é um equipamento caro, de mais de R$ 5 milhões e com manutenção cara. Então esta experiência da prefeitura de Indaiatuba, com recursos de emenda parlamentar, pode ser uma alternativa para os modelos futuros dos Centros de Iniciação ao Esporte (CIE). Se o projeto se provar bom como planejado, podemos adotar o modelo”, comentou Leyser, citando que o valor de construção da piscina, R$ 420 mil, é um atrativo.

Convênios

Em Botucatu, Ricardo Leyser foi recebido pelo prefeito da cidade, João Cury Neto, para oficializar parceria de duas obras. A primeira delas é o ginásio com capacidade para 800 pessoas no novo Complexo Paradesportivo de Tecnologia e Inclusão Social. O equipamento terá medidas oficiais (40 x 20m), recebe investimento de R$ 1,7 milhão do Ministério do Esporte e será destinado a modalidades paraolímpicas como basquete em cadeira de rodas e vôlei sentado.

O Complexo Paradesportivo, no Bairro Alto, está em fase final de obras e conta com duas piscinas (uma de 25 m e outra de hidroginástica), vestiários, sala de capacitação e de informática e área de convivência. “O governo federal não costuma executar suas obras, ele precisa de parceiros, seja das prefeituras ou do governo dos estados. Quando a gente chega a Botucatu e encontra uma prefeitura e uma equipe tão dinâmicos, para nós é um ponto importante. Isso é fundamental até para que a gente não fique no primeiro projeto e tenha uma continuidade. Se aconteceu, diz a lógica que continuará acontecendo e nos dá segurança”, apontou Leyser.

Além do ginásio, Botucatu teve aprovado ainda outros projetos, como a construção do complexo esportivo Jardim Monte Mor, ainda em fase de elaboração. O equipamento terá investimento federal de R$ 4 milhões e contará com estruturas como uma pista de BMX e um campo de futebol, que terão repasse separados somando R$ 1,8 milhão.

Confira o velódromo de Indaiatuba no vídeo abaixo: 



Fonte: Ministério do Esporte