Governistas destacam equilíbrio social na defesa do ajuste fiscal 

Durante a análise do projeto de lei do Congresso Nacional que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de ano (LDO-2014) para ajustar a meta do superávit primário deste ano, na noite de terça-feira (18), os deputados da base aliada defenderam a proposta, alertando para a necessidade de manter o crescimento econômico e social.

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O deputado Cláudio Puty (PT-PA) disse que o debate sobre o tema em pauta era extremamente oportuno em função da divulgação feita, esta semana, sobre mais uma queda na taxa de desemprego no País – a menor de toda a série histórica para o mês de outubro (4,7%).

“Temos muita tranquilidade de fazer esse debate sobre a política econômica, que, inclusive, foi a escolhida pela população nas últimas eleições. Trata-se da política que garante empregos para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras”, argumentou Puty.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS), líder do Governo na Câmara, também fez questão de reforçar as bases da política econômica posta em prática pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. Segundo o parlamentar, o mais importante é não fazer superávit a qualquer custo, aumentando desemprego, parando um processo de distribuição de renda e estancando os investimentos públicos e a infraestrutura.

Equilíbrio econômico e social

“Nossa escolha é – ao perceber um ambiente global de queda de crescimento de todos os países do mundo e de forte desemprego – priorizar o equilíbrio fiscal juntamente com o equilíbrio do crescimento econômico e social. Temos metas de superávit, mas também temos metas de geração de empregos, de equilíbrio orçamentário e de equilíbrio social”, explicou, fazendo referência ao conteúdo da proposta contida no projeto.

Fontana detalhou ainda que qualquer opção contrária a essa direção representará um erro de política econômica. “Entre as 20 maiores economias do mundo que formam o G-20, existem 17 fazendo déficit fiscal para que o Estado exerça o papel anticíclico de garantir nível de emprego e crescimento econômico. Uma das principais resoluções da reunião do G-20 que se encerrou há poucos dias foi que todos os 20 países devem aumentar os investimentos em infraestrutura para elevar o nível de crescimento da economia global”, reiterou.

O relator Romero Jucá, ao apresentar seu parecer, também fez menção ao quadro econômico em todo o mundo de dificuldade de crescimento. Ele explicou que, em função disso, o governo apresentou no projeto o pedido de ampliar a margem de abatimento no superávit primário de duas questões relevantes para o quadro de geração de empregos e do fortalecimento da atividade econômica no País.

“Primeiro, abater os investimento do PAC, que representam ações diretas de alta repercussão social e de alto índice de empregabilidade. Segundo, o governo pede para abater o montante das desonerações fiscais – outro ato extremamente importante, levando em conta que elas foram focadas na redução da margem das folhas de pagamentos de setores produtivos, fazendo com que o País mantivesse o nível de empregos ao desonerar os empregadores”, defendeu o relator.

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Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara