RDC: líderes africanos se reunirão para analisar crise congolesa

O ministro angolano de Relações Exteriores, Georges Chikoty, anunciou que chefes de Estado africanos deverão se reunir logo para analisar a difícil situação que impera hoje na República Democrática do Congo.

República Democrática do Congo - Reuters

Depois de sua chegada ao aeroporto internacional 4 de fevereiro, Chikoty disse à imprensa que a esse encontro, sem mencionar data e lugar, irão governantes de países integrantes da Comunidade de Desenvolvimento de África Austral (SADC) e dos Grandes Lagos.

O chanceler chegou a Luanda depois de participar em uma reunião de grupos de países garantidores da paz, segurança e cooperação na República Democrática do Congo e na região dos Grandes Lagos, celebrada em Addis Abeba, Etiópia.

Segundo o servidor público, essa reunião permitiu avaliar a situação na República Democrática do Congo, o tipo de evolução e relatório que apresentarão os chefes de Estado em um próximo encontro.

Ele explicou que essa cúpula só terá lugar depois do próximo fórum de ministros, que deverá avaliar "os progressos reais ocorridos no Congo até o dia 2 de janeiro 2015".

Tal prazo será crucial para que as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDRL) honrem o compromisso de desarmamento voluntário e assim deem garantias e oportunidade para a implementação do acordo para o leste do Congo.

As FDRL são acusadas de terem matado centenas de civis e violado sistematicamente mulheres em zonas fronteiriças.

Essas mesmas forças participaram em 1994 no genocídio em Ruanda no qual foram massacradas mais de 800 mil pessoas, em sua maioria da etnia tutsi.

Luanda assumiu a presidência rotativa da Conferência Internacional de Países dos Grandes Lagos (Cirgl) durante a V Cúpula da organização celebrada nesta capital de 10 a 15 de janeiro.

Integram a Cirgl, criada em 1994, Angola, Burundi, República Centro-Africana, República do Congo, Congo, Quênia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.

Fonte: Prensa Latina