Desigualdades aumentaram em países desenvolvidos, revelou a OCDE

As diferenças entre os setores acomodados da população e os menos favorecidos cresceram durante os últimos 30 anos, revelou, nesta terça-feira (9), em sua sede na França a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Desafios do desenvolvimento: a cômoda desigualdade naturalizada

Um estudo dessa entidade assinalou que em seus 34 países membros o rendimento dos 10% mais ricos é 9,5 vezes superior em relação aos 10% mais pobres.

“Durante os anos 80 do século passado essa diferença era de sete a um”, indicou o relatório do economista Federico Cingano, da OCDE.

No aprofundamento desta brecha influiu o fato de que os lares mais modestos, cujos salários cresceram com dificuldade nesse período, resultaram os mais afetados pela crise financeira global iniciada em 2008, de acordo com o especialista francês Thomas Piketty.

A agravação das desigualdades também se pode apreciar na evolução do chamado coeficiente de Gini, um indicador onde se medem as iniquidades numa escala crescente de zero a um.

Faz três décadas o coeficiente no seio da OCDE era de 0,29 e no final de 2012 estabeleceu-se em 0,32, isto é uma alta de três pontos.

Além das consequências negativas do ponto de vista pessoal e social, este fenômeno também tem uma influência no crescimento da economia, de acordo com o documento.

Segundo os cálculos, mais três pontos do indicador de Gini significam uma perda global do 8,5 por cento do Produto Interno Bruto.

A OCDE, com sede em Paris, acolhe 25 países da Europa, incluída a Turquia, quatro da Ásia e Oceania, um do Oriente Médio e quatro do continente Americano: Estados Unidos, Canadá, Chile e México.

Fonte: Prensa Latina