Caso Catarina e Colombiano: assassinos seguem impunes

No próximo dia 29 de dezembro, o assassinato do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, que aconteceu em junho de 2010, em Salvador, completa quatro anos e meio. Nesse tempo, os familiares e amigos das vítimas ainda aguardam o julgamento dos acusados e, além da dor das perdas e da angústia pela longa espera por justiça, ainda convivem com o receio de que os réus fujam para escapar da punição.

Por conta das diversas manifestações com pedidos de celeridade e justiça, algumas delas em frenteao Fórum Ruy Barbosa, na capital baiana, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) chegou a anunciar, em julho deste ano, que os acusados iriam a júri popular – quando pessoas do povo julgam. No entanto, passados cinco meses, o julgamento ainda não foi sequer marcado.

Os empresários e irmãos Claudomiro e Cássio Ferreira Santana foram apontados pelas investigações como mandantes dos assassinatos, que teriam sido cometidos por três funcionários: Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner de Souza. Os irmãos são sócios da MasterMed, empresa do ramo de planos de saúde, que possuía um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Colombiano era tesoureiro.

A análise dos contratos do sindicato feita por Colombiano o levou a concluir que a MasterMed havia aplicado uma fraude milionária na entidade de trabalhadores e essa teria sido a motivação do crime, ainda segundo as investigações. Enquanto voltava para casa de carro com a esposa, depois de mais um dia de trabalho, Colombiano foi alvejado por tiros disparados por motoqueiros.
Sob alegação de que as provas são insuficientes, a Justiça excluiu do júri popular Cássio, restando apenas o irmão Claudomiro e os três funcionários. A decisão foi contestada pela família das vítimas, que pretende recorrer.

Campanhas

Para reforçar as manifestações que já acontecem nas ruas, os familiares e amigos de Catarina e Colombiano organizam também protestos na internet, pedindo a condenação dos assassinos. Uma peça com a foto dos acusados já circula na rede e, dessa vez, os internautas estão sendo mobilizados para, no próximo dia 29 de dezembro (uma segunda-feira, quando completa quatro anos e meio das mortes), cobrar justiça em uma maratona, durante todo o dia, nas redes sociais.

A hashtag “#JustiçaparaColombianoeKate” foi criada para ser utilizada no Twitter e no Facebook, durante os protestos. Os organizadores pedem que, nas postagens, sejam marcados os perfis do TJ-BA.
Facebook: www.facebook.com/TribunalJusticaBA
Twitter: @tjbahia

De Salvador,
Erikson Walla