Secretaria da Mulher do PCdoB luta pela garantia de mais direitos
Depois de um ano intenso, cheio de atividades, a Secretaria Nacional da Mulher do PCdoB vai iniciar 2015 com muita determinação para lutar por mais direitos e não permitir retrocessos diante do congresso conservador que será empossado no próximo mandato.
Publicado 17/12/2014 15:49
A secretaria teve papel importante em 2014 na luta pelo empoderamento da mulher na política e, principalmente, na reeleição da presidenta Dilma. De acordo com a secretária nacional, Liège Rocha, o objetivo em 2015 é avançar nas conquistas e não permitir que o congresso conservador provoque retrocessos.
Para Liège, os avanços conquistados pelas mulheres no campo da política ainda não são suficientes. O Congresso Nacional tem pouco mais de 9% de representação feminina, enquanto que no mercado de trabalho as mulheres ainda ganham cerca de 70% do salário dos homens. A dirigente comunista acredita que a equidade de gêneros passa diretamente pela reforma politica.
Em 2009 as mulheres conquistaram a mudança do termo “reservar” para “preencher” 30% das vagas dos partidos por mulheres, porém, essa medida de cotas se mostra ineficiente quando sai o resultado final. Ainda está longe de existir um cenário politico composto por 30% de mulheres eleitas. “As cotas por si só não resolvem a questão da sub-representação das mulheres”, explica Liège.
“A reforma política é muito importante para aumentar o empoderamento das mulheres, nós defendemos o fim do financiamento privado e as listas com alternância”, afirma.
De acordo com a secretária nacional, o PCdoB tem avançado muito na implementação de uma política cada vez mais equiparada entre homens e mulheres comunistas. “As companheiras cobram que em alguns estados nós precisamos aprofundar essa discussão e essa é uma meta para 2015”.
Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini