Infraestrutura e política social marcam o primeiro mandato de Dilma

Entre 2011 e 2014, a presidenta Dilma Rousseff e as forças aliadas cumpriram o desafio de manter o Brasil no rumo do desenvolvimento econômico, da política externa de valorização da integração regional e, principalmente, da redução da desigualdade. A presidenta ainda reforçou o combate à corrupção. Em quatro anos, pôs fim, de uma vez por todas, à prática de engavetamento de malfeitos.

Presidenta Dilma e vice-presidente Temer participam de evento em Santos (SP) - Roberto Stuckert Filho

Para o segundo mandato, Dilma prometeu, durante o discurso de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, que os objetivos seguirão fiéis às convicções e compromissos demonstrados até aqui. “O que mais quero oferecer ao meu país é a luta renovada por justiça social, educação de qualidade, igualdade de oportunidades, estabilidade econômica e política, e compromisso com a ética”, afirmou a presidenta.

Social

A presidenta Dilma criou o Brasil Sem Miséria, que trouxe avanços ao Programa Bolsa Família. Um plano que ataca a pobreza extrema em três eixos: garantia de renda, acesso a serviços e inclusão produtiva. Resultado: 22 milhões de brasileiros deixaram a miséria e o Brasil saiu, em 2014, do Mapa Mundial da Fome, relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Dilma ainda avançou em outro direito essencial, que garante dignidade e o ambiente adequado para o desenvolvimento das famílias mais pobres. Com subsídios federais que chegam a 96% do imóvel, foram entregues pelo programa Minha Casa, Minha Vida 1,87 milhão de moradias, e outras 1,6 milhão estão contratadas. Ou seja, ao todo são 3,7 milhões de moradias para mais de 7 milhões de pessoas.

Infraestrutura

Logística para a produção de grãos, mobilidade urbana para as grandes cidades e aeroportos para uma população que só usava rodoviárias. Nenhuma área foi esquecida pela presidenta. Em quatro anos, a capacidade de energia instalada cresceu 16 mil MW e foram concluídas 53 linhas de transmissão, chegando a quase 20 mil quilômetros de extensão.

Foram mais de 5 mil quilômetros de obras rodoviárias concluídas, entre construção, pavimentação, adequação e duplicação, e outros 7 mil quilômetros estão em andamento. A presidenta ainda focou numa logística multimodal, com a conclusão de mais de 1 mil quilômetros de estradas de ferro, como a Norte-Sul, a Transnordestina, a Ferronorte e a Integração Leste-Oeste. Outros 2.677 quilômetros ainda estão em obras.

Os aeroportos ganharam terminais modernos, com padrão internacional e capacidade superior à demanda que, aliás, não para de crescer. A capacidade instalada dos aeroportos brasileiros aumentou em 191%. Passou de 97,9 milhões para 285 milhões de passageiros por ano. E vem por aí o plano de aviação regional que receberá R$ 7,3 bilhões em investimentos para construção e ampliação de 270 unidades espalhadas pelo País.

As principais regiões metropolitanas do Brasil receberam, para projetos de mobilidade urbana, R$ 143 bilhões em investimento. Com estes recursos, foram feitos mais 651 quilômetros de transportes sobre trilhos (metrô, Monotrilho, VLT, Trem Urbano e aeromóvel), 3.188 quilômetros de transportes sob pneus (BRT e corredores) e 21 quilômetros de transporte fluvial urbano.

Educação

"Prioridade das prioridades” para Dilma, a educação teve, pelo menos, dois momentos históricos nos últimos quatro anos. O primeiro foi, por iniciativa da presidenta, com forte apoio da população, a destinação dos recursos do Pré-sal para o setor. A expectativa é que os recursos ultrapassem R$ 1 trilhão. Dilma também sancionou o Plano Nacional de Educação, com investimento previsto de 10% do Produto Interno Bruto.

A educação profissional ganhou destaque com a criação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego que garantiu mais de 8 milhões de vagas. Foram oferecidos mais de 600 cursos técnicos e profissionalizantes para melhorar a qualidade da mão de obra nacional e impactar diretamente a produtividade das empresas brasileiras. Para o próximo mandato, estão previstas mais 12 milhões de vagas.

No ensino superior, o Exame Nacional do Ensino Médio bateu o recorde de inscritos e democratizou o acesso de estudantes a 115 universidades federais, estaduais e institutos de tecnologia por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Brasil chegou a 7 milhões de universitários e o Ciência Sem Fronteiras garantiu a mais de 80 mil brasileiros bolsas para estudo nas melhores universidades do mundo.

Saúde

O grande marco do primeiro governo Dilma para melhorar o acesso à saúde foi a criação do programa Mais Médicos que reuniu quase 15 mil profissionais do Brasil e do exterior e garantiu, em 3.785 municípios, o acesso inédito à atenção básica. A proposta, aliás, vai além de importar profissionais. Prevê a criação de 11.500 vagas em cursos de graduação de medicina até 2017 e 12.400 para residência médica, até 2018.

Combate à corrupção

A atuação de Dilma nocauteou, de vez, a prática anterior ao governo Lula de esconder os malfeitos embaixo do tapete. A independência da Polícia Federal e do Ministério Público propiciou às investigações especiais que pularam de 48, em oito anos de FHC, para 2.226, entre 2003 e maio de 2014. Além disso, a presidenta sancionou dois poderosos instrumentos para o combate a este crime: a Lei Anticorrupção, que responsabiliza as empresas corruptoras, e da Lei de Acesso à Informação.

Copa do Mundo

Quem esperava o Mundial de Futebol da FIFA pronto apenas para 2038, como chegou a sugerir parte da mídia, se deu mal. Depois teve que correr atrás dos ingressos para ver as fartas goleadas e as belas atuações de craques e goleiros nas doze modernas arenas construídas no País. Todas inauguradas a tempo e elogiadas pelos fãs do esporte.

Quem esperava por problemas em aeroportos, no transporte e na segurança, teve que abrir espaço para a Copa das Copas, o melhor Mundial de todos os tempos. O Brasil tropeçou feio dentro de campo, mas, fora, deu show. Foram 16,7 milhões de passageiros, 1 milhão de turistas estrangeiros, 171 gols marcados e 48,5 milhões de fotos circulando pelas redes sociais.

A experiência foi tão boa que 95% dos turistas que vieram disseram ter planos de voltar ao Brasil. Na segurança, foram entregues doze centros integrados de segurança, que reuniram todas as forças em um só local e coordenaram um efetivo de 177 mil pessoas. Graças ao sucesso do evento, no próximo mandato, a presidenta Dilma prometeu levar a experiência para todos os estados do País.

O Brasil ainda ganhou 130,9 quilômetros de corredores de ônibus e BRTs, 47,9 quilômetros de vias, quatro novos terminais de passageiros nos portos e a instalação de 15 mil novas antenas de celular para as bandas 3G e 4G. Os aeroportos reformados chegaram a um índice de pontualidade de 92,54%. Os quase 20 mil jornalistas, de 113 países diferentes, mostraram a capacidade de organização do brasileiro e ratificaram o nosso Mundial como a Copa das Copas.

“A gente dizia que ia ter a Copa das Copas. Tivemos a Copa das Copas. Tivemos, sem tergiversar, um problema que foi a nossa partida, nosso jogo com a Alemanha. No entanto, acredito que tudo na vida é superação”, analisou Dilma, ao fim do Mundial da Fifa. “Derrotamos, sem dúvida, essa previsão pessimista e realizamos, com imensa e maravilhosa contribuição do povo, essa Copa das Copas”, concluiu.

Fonte: Agência PT de Notícias