Pepe Vargas: Temos instituições sólidas, não somos uma republiqueta

O futuro ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), em entrevista ao Estadão publicada nesta quarta-feira (31), afirma que a presidenta Dilma Rousseff “tentou formar um ministério levando em consideração a sua base, quem a apoiou e as tarefas que tem pela frente”.

Ministro Pepe Vargas também falou da importância do Pronaf, que garante renda para os agricultores familiares. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Vargas acredita que as ações golpistas por parte da oposição ficarão cada vez mais isoladas em 2015. “A oposição perdeu. O que tem é uma fração minoritária da oposição querendo estabelecer um processo de radicalização e um processo de questionamento, inclusive, do resultado eleitoral. Acho que essa fração da oposição que está com esse comportamento vai se isolar socialmente. A oposição que fará uma oposição dura, porém, responsável na minha opinião é a que vai se fortalecer”, disse.

Sobre as investigações de irregularidades nos contratos da Petrobras e a possibilidade da oposição de instalar uma CPI, Vargas destacou: “Oposição sempre vai querer abrir uma CPI. Mas não é por conta de uma CPI que a gente está desbaratando crimes contra a administração pública. Quem está fazendo isso são fundamentalmente as instituições que têm como missão combater a corrupção. Se há fato determinado, objeto claro, para abrir uma CPI, não tem problema. O que não pode é banalizar a CPI. Se for pegar a operação Lava Jato, o que a CPI trouxe de novo no processo de investigação? Muito pouco, talvez nada. Até porque tudo que a CPI faz encaminha em seguida para o Ministério Público, que por sua vez analisará se aceita algum indiciamento, ou não”.

Para Vargas, a possibilidade de indiciamento de parlamentares não afetará o processo legislativo. “Nossas instituições são sólidas. Não somos uma republiqueta”, salientou.

Sobre as especulações insistente da grande mídia em criar uma cizânia entre Dilma e o ex-presidente Lula em torno das escolhas do novo ministério, Vargas enfatizou: “Não existe conflito entre a Dilma e o Lula. Há muita lealdade entre os dois. Obviamente que pode haver opiniões distintas em determinados momentos, o que é da vida. Mas nós nos sentimos extremamente representados tanto por um quanto por outro. Todos nós nos sentimos tanto dilmista quanto lulista”.

Da redação do Portal Vermelho
Com informações de agências