Venezuela defende na ONU ordem mundial que garanta a paz

A Venezuela defendeu nesta segunda-feira (19), no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a construção de uma ordem mundial equitativa e justa, que garanta a paz e o desenvolvimento sustentável.

“É essencial unir forças para reverter o impacto do colonialismo, a depredação dos recursos naturais e a injusta estrutura social, econômica e financeira, elementos de um modelo de produção insustentável imposto ao planeta”, advertiu o embaixador do país sul-americano na ONU, Rafael Ramírez.

Ao intervir em um debate aberto do Conselho sobre o desenvolvimento inclusivo e a manutenção da paz, o diplomata assinalou que as mais sérias ameaças à segurança e à estabilidade globais não vêm dos países do Sul.

“É importante recordar isto, porque uma apreciação diferente seria uma abordagem inadequada da atual situação internacional e sobre as tendências históricas”, sublinhou no foro encabeçado pela presidenta do Chile, Michelle Bachelet.

Para Ramírez é urgente concentrar os esforços da comunidade mundial na abordagem de maneira franca e aberta das causas fundamentais das iniquidades políticas, econômicas e sociais, fontes de conflitos e ameaças à paz.

“Dessa maneira, estaremos em condições de encontrar soluciones sólidas e permanentes”, disse.

Ramirez instou a dar maior relevância ao impulso de uma agenda de desenvolvimento que inclua a prometida assistência dos Estados ricos, a transferência tecnológica, o comércio justo e a reorganização da dívida soberana.

Igualmente, chamou a atenção que o Conselho de Segurança não é o órgão apropriado para discutir os assuntos do desenvolvimento, embora “suas decisões no campo da paz internacional poderiam ter um impacto positivo no desenvolvimento das nações a longo prazo”.

A Venezuela se incorporou em 1º de janeiro ao Conselho de Segurança, depois de receber um amplo respaldo da Assembleia Geral em outubro passado.

Em sua primeira intervenção na ONU desde sua nomeação, Ramírez asseverou que o país sul-americano chegou ao órgão de 15 membros com renovado otimismo, compromisso firme com a paz, a soberania e a vontade de cooperação.

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Fonte: Prensa Latina