Campanha para Presidência da Câmara entra na reta final 

Faltando cinco dias para a eleição para a Presidência da Câmara, os quatro candidatos intensificam a campanha nos estados. Após a posse dos novos deputados federais para o mandato de 2015 a 2019, na manhã do domingo (1º), às 18 horas, será realizada a sessão de eleição para os cargos da Mesa Diretora para o biênio 2015/2016.  

Campanha para Presidência da Câmara entra na reta final

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que recebe o apoio do PCdoB, Pros, PDT e PSD, além do próprio PT e de parte do PR, é um dos candidatos à Presidência da Casa. Também serão eleitos dois vice-presidentes e quatro secretários com quatro suplentes. Os cargos da Mesa Diretora têm funções diferentes, desde a gestão de questões administrativas da Câmara até a de corregedoria.

O candidato a presidente será eleito em primeiro turno se atingir 257 votos, maioria absoluta. Caso não consiga, a eleição irá para o segundo turno entre os dois deputados mais votados.

Chinaglia, que lançou sua candidatura à Presidência da Câmara no dia 17 de dezembro, é veterano na disputa, já que o parlamentar presidiu a Casa entre 2007 e 2009 e ocupa a primeira vice-presidência desde maio do ano passado.

Apoio do PCdoB

A bancada do PCdoB foi uma das primeiras a manifestar apoio à candidatura de Chinaglia. "O PCdoB oficializou o apoio por acreditar que sua candidatura reforça o diálogo do Parlamento com a sociedade. Além disso, vemos em Arlindo um candidato comprometido com uma pauta avançada, capaz de conferir credibilidade à Casa sem dar as costas aos interesses da população", declarou a deputada Jandira Feghali (RJ), líder do PCdoB, na ocasião.

Em visita aos estados para contato com os deputados que estão em recesso parlamentar, Chinaglia ressaltou que a ampliação do contato da Câmara com a sociedade civil, para identificar as principais demandas da população, será uma das prioridades de sua gestão, caso seja eleito.

O candidato mencionou também o desenvolvimento econômico, a garantia do emprego e uma política de recursos humanos para o Estado como temas que merecem atenção da Câmara. Na relação com os outros poderes, ele promete seguir a Constituição e o Regimento Interno. Já em relação à oposição, ele observou que o presidente da Câmara tem o “dever da imparcialidade”.

Resposta a Cunha

Ele também respondeu aos ataques do concorrente, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que acusa Chinaglia de ser subordinado ao Palácio do Planalto. “Ele é um candidato de projeto pessoal. Ao tentar me colocar como subordinado, ele comete uma deselegância. Você pode fazer uma pesquisa com os líderes dos partidos e nunca vai encontrar nenhum que diga que eu sou subordinado aos interesses do governo. A estratégia dele de virar candidato da oposição está furada. O Júlio Delgado (PSB), que também é candidato, tem o apoio do PSDB, do PPS e votos esparramados”, disse Chinaglia em entrevista quando visitou a Bahia.

E conclui dizendo: “Não vou perder tempo com ele. Tenho viajado o país todo e estou bastante empolgado. No Espírito Santo, de dez votos, eu tenho seis garantidos. No Rio de Janeiro, devo fazer de 18 a 21 votos. Terei maioria no Ceará, no Piauí. Aqui na Bahia, se tiver segundo turno, terei maioria. Por conta dessas baixarias, minha candidatura se aproximou muito da do Júlio Delgado. Estamos construindo um pacto para o segundo turno.”

Do Portal Vermelho
De Brasília, Márcia Xavier
Com agências