Celac intensificou parcerias políticas e comerciais na região

Ela participou da 11ª Reunião de Coordenadores Nacionais da Celac, realizada neste domingo (25) e segunda-feira (26), em San José, na Costa Rica. Maria Dulce também explicou que a expectativa central da 3ª Cúpula da Celac é da aprovação pelos chefes de Estado de um plano de ação com metas claras.

“Este foro foi criado para intensificar essas relações e eu acho que nisso ele está sendo muito bem sucedido, efetivamente, iniciativas não só de entendimento da parte política, mas também de ações concretas. Vai ser aprovado, espera-se, pelos presidentes, um plano de ação muito objetivo com metas bem traçadas”, avaliou.

Ela também chamou atenção para a presidência pro tempore da Costa Rica no ano de 2014, que se encerra durante esta Cúpula. Um dos resultados mais expressivos, de acordo com ela, foi a realização da 1ª Reunião Ministerial do Foro Celac-China, em Pequim, pois ratificou o esforço do diálogo interamericano.

“Foi um ano muito intenso, um ano de muitas delegações e culminou com a realização da reunião em Pequim, que foi considerado um momento muito positivo de todo esse esforço do diálogo interamericano. E agora vamos ter efetivamente a parte muito mais importante, que é a reunião de ministros e a Cúpula”, avaliou a embaixadora.

Ao analisar as relações comerciais da América Central e do Caribe com países em outras regiões do mundo, a embaixadora destacou que é preciso avançar ainda mais nas parcerias com a América do Sul, citando o Brasil especificamente. Ela cita, por exemplo, uma maior exploração da expansão comercial na região.

“Acredito que a região está se expandindo em termos de novas parcerias. A China é um exemplo e o mercado sul americano é outro exemplo disso. Temos o canal do Panamá, que está sendo agora duplicado… Então, em termos comerciais, em termos de expansão dos nossos parceiros de comércio, essa região é importantíssima. E nós temos efetivamente agora com um número grande de embaixadas em praticamente todo o Caribe – na América Central temos em todos os países -, eu acho que é muito positiva a expectativa de que se intensifique essa utilização deste ambiente pacífico, uma região destituída de contenciosos armados”, declarou.

Brasil – Costa Rica

Maria Dulce Silva Barros também abordou durante a entrevista as relações entre Brasil e Costa Rica. Contou que o presidente do país centro-americano, Luis Guillermo Solís, eleito em 2014, já manifestou a ela a importância das relações com o Brasil.

“Ele tem mostrado isso com atos objetivos: ele foi à posse da presidenta Dilma, ele esteve com ela outra vez na posse do presidente Evo Morales e participou no ano passado da reunião do quarteto da Celac com o presidente Xi Jin Ping, que foi importante momento de reaproximação com a presidenta Dilma Rousseff”, afirmou.

Ela revelou também que um dos pedidos que o presidente Solís da Costa Rica fez, em todas as ocasiões em que teve oportunidade de conversar com autoridades brasileiras, foi de solicitar cooperação técnica para aprendizado, formulação e execução de políticas de distribuição de renda e de igualdade social. Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Social divulgou o interesse de delegações de 92 países em experiências brasileiras em políticas sociais.

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Fonte: Blog do Planalto