Rossetto: "Ajustes são necessários para manter programas sociais"  

Logo de início, Rossetto negou qualquer alteração ideológica, politica ou estratégica por parte do governo. "Não há alteração de rumo, de estratégia, nenhuma guinada. O governo tem que ter capacidade de modulação de suas políticas para sustentar a estratégia de crescimento, de geração de emprego, de aumento dos investimentos”, destacou.

Em conformidade com o último discurso da presidenta Dilma, Rossetto ressaltou que a agenda do país “é de continuidade do crescimento, da geração de emprego, da preservação da renda, dos grandes programas que mudaram o país e que vão continuar com mais força e mais intensidade”. E justificou o ajuste fiscal anunciado pelo governo nas últimas semanas, dizendo que tais medidas não contradizem o projeto de desenvolvimento do país, pois, “são necessárias para a continuidade das políticas sociais”. E completou: “Estamos preservando investimentos, programas sociais e vamos inaugurar novos para sustentar isso que ocorre no país, que são mudanças estruturais muito importantes”, disse o ministro.

Segundo Rossetto, os impactos das medidas recém-anunciadas são bem menores que o de ajustes fiscais adotados por países em crise. Ele reafirmou que as medidas não vão comprometer os repasses para políticas sociais e disse que o governo prepara novos programas nessa área.

“Ao longo da nossa experiência, o governo foi capaz de, com medidas econômicas, estratégicas, conjunturais, responder às mudanças de cenários externos e internos preservando a estratégia de crescimento com geração de emprego, preservando a renda do povo brasileiro, priorizando a renda pública para os grandes programas que garantem direitos sociais”, avaliou.

O ministro confirmou ainda a reunião marcada na próxima semana com representantes das principais centrais sindicais do país – que realizaram pelo Brasil nesta quarta (28) protestos contra as mudanças nas regras de alguns benefícios previdenciários, como seguro desemprego, abono salaria, seguro defeso (pesca) e pensões por viuvez, que entraram em vigor por meio de medida provisória.

Quando foi questionado sobre uma eventual redução de direitos trabalhistas com as mudanças nas regras do seguro-desemprego, o ministro respondeu que as medidas foram tomadas para corrigir distorções no benefício e desestimular a alta rotatividade no mercado brasileiro. “Os direitos sociais são intocáveis. O que estamos fazendo é corrigir distorções. Estamos mantendo o seguro-desemprego".

Na próxima semana, o ministro terá nova reunião com centrais sindicais para discutir as mudanças nas regras de concessão dos benefícios, que entraram em vigor por meio de medida provisória.

O editor do Portal Vermelho, José Reinaldo Carvalho participou do café da manhã com o ministro, em Brasília.

Ouça a conversa abaixo:

Da redação do Vermelho
Com Agência Brasil