Venezuela ameaça parar envio de petróleo aos Estados Unidos

A Venezuela advertiu, nesta sexta-feira (6), que vai deixar de enviar petróleo para os Estados Unidos, caso Washington "tente algo" contra Caracas. Há três dias, a Venezuela acusou os norte-americanos de atentarem "contra o diálogo de respeito mútuo", ao anunciar novas sanções contra funcionários venezuelanos.

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"Estamos na disposição de entregar a nossa vida, se for necessário, para defender esta revolução (…) nem uma gota de petróleo se tentarem algo contra a Venezuela", disse o presidente da Assembleia Nacional. Diosdado Cabello falou no estado de Anzoátegui, a 320 quilômetros a leste de Caracas, durante a concentração de militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

Por outro lado, ele acusou a oposição venezuelana de ter uma agenda violenta e de ser tão má que não é capaz de fazer o seu trabalho. "Têm de ser os norte-americanos a fazê-lo", disse. "Não caiamos em chantagem. Um chavista pode ficar incomodado, mas jamais irá votar na direita", acrescentou Diosdado Cabello.

Ele pediu que os jovens constituam uma unidade revolucionária para confrontar as pretensões intervencionistas do governo dos EUA, que visam desestabilizar o país para derrotar a Revolução Bolivariana.

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"Unidade companheiros, unidade dos patriotas e das Forças Armadas para nos defender", disse. Ele afirmou que o seu impulso, o impulso dos revolucionários é o amor pelo povo. "Não há nada mais forte do que o amor, pergunte até onde uma mãe estaria disposta a lutar pelo seu filho, pergunte, o amor é a coisa mais poderosa que existe, e o que nos move é o amor”.

Durante o evento, Cabello disse que "trair o legado de Chávez é trair o povo". Ele garante não se surpreender caso continuem surgindo traidores da revolução, que são pagos pela extrema-direita para desacreditar o processo de transformação para o socialismo. "Para cada traidor aparecerá milhares de patriotas revolucionários", enfatizou.

Cabello disse que ele está totalmente comprometido com a Revolução Bolivariana e com o legado de Hugo Chávez. "Até o último suspiro da minha vida eu vou ser leal ao comandante Chávez, comprometo-me a ele de corpo e alma".

Os Estados Unidos anunciaram, na segunda-feira (2), novas sanções (suspensão de vistos) contra antigos e atuais funcionários do governo venezuelano, acusando-os de serem "responsáveis ou cúmplices" por supostas violações dos direitos humanos na Venezuela.

Washington acusa Caracas de tentar "sufocar a dissidência, reprimindo manifestantes que protestam pela deterioração da situação política, econômica e de segurança no país".

Em julho, o governo dos EUA já tinha imposto restrições na concessão de vistos a 24 dirigentes venezuelanos, supostamente envolvidos em violações de direitos humanos e na repressão de protestos de grupos opositores a Maduro.

Com informações da AVN e da Agência Brasil