Bashar al-Assad reafirma disposição a diálogo nacional na Síria

“A Síria decidiu lutar contra o terrorismo e estabelecer um diálogo nacional, e não pode estar em aliança com nações que apoiam o terrorismo”, afirmou o presidente Bashar al-Assad em uma entrevista divulgada, nesta terça-feira (10), pela imprensa internacional. Al-Assad sublinhou que a maioria dos países que integram a coalizão que lidera os Estados Unidos apoiam o terrorismo e o importante para Síria é manter sua independência.

Assad

"Não nos converteremos em um fantoche que trabalha contra nossos próprios interesses", declarou o presidente sírio à rede BBC.

O líder sírio acrescentou que a fonte ideológica da organização terrorista Estado Islâmico (EI) e de outros grupos vinculados com a Al-Qaeda é o wahabismo, que conta com o respaldo da família real saudita.

Insistiu que desde o começo da crise em seu país se tomou a decisão de lutar contra o terrorismo e de levar a cabo um diálogo a nível nacional.

"Qualquer guerra é má e em cada uma delas caem vítimas civis, o governo tomou a decisão de lutar contra o terrorismo para defender os civis", afirmou Al-Assad.

O presidente sírio rechaçou as acusações contra seu governo em relação a supostas violações de direitos humanos contra a população civil, levantadas pelas potências ocidentais lideradas pelos Estados Unidos.

"Se fôssemos os que matam nosso povo como alega o Ocidente, não teríamos permanecido firmes durante todo este período de quatro anos, e é impossível que o governo, o exército e as instituições do Estado permaneçam sem o apoio popular", esclareceu o presidente. "Quando se goza de apoio popular isto significa que se defende o povo".

Ele criticou também a persistência dos países ocidentais que tentam se apresentar como uma oposição moderada a grupos armados que compartilham as raízes terroristas do autoproclamado grupo Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra.

Al-Assad refutou energicamente as recentes acusações feitas pela organização Human Rights Watch de que as forças do exército sírio atacam brutal e deliberadamente às zonas controladas pela oposição armada, utilizando armas que não discriminam entre combatentes e civis.

"Estas histórias são tolas e o Ocidente segue repetindo-as", enfatizou o presidente sírio.

Fonte: Prensa Latina