Rio de Janeiro, 100 anos de Carnaval

Um dos maiores carnavalescos, jornalista, escritor, produtor cultural e ator brasileiro, Haroldo Costa, publica uma obra preciosa para quem gosta de participar, comentar e rememorar os dias de Momo, mais conhecido como Carnaval.

Haroldo Costa - Reprodução

A Editora Irmãos Vitale, de São Paulo, especializada em música é a responsável pela edição. “100 anos de carnaval no Rio de Janeiro” foi editado em 2001 e ainda permanece atual.

É o próprio autor que explica sua obra, quando diz “Uma coisa eu afirmo: só poderia ou poderá escrever a história do carnaval carioca quem for carnavalesco, quem gostar dos folguedos de Momo, quem envelhecer trepidando com sambas, correndo para ver passar na rua ou mesmo numa distante esquina, ou ainda para acompanhar, um bloco, um rancho, uma escola de samba”.

E continua o jornalista Haroldo Costa na introdução de seu livro, afirmando que “O carnaval carioca é uma das mais legitimas expressões da maneira brasileira de ser. Tanto assim que, escapando da esfera geográfica da nossa cidade, sua transformação deu-se de maneira inexorável, influenciando outras cidades e estados, criando uma temperatura que não tem nada a ver com a meteorológica mas, sim, com a pulsação interna e contaminação de difícil resistência.

Nas ruas, seu habitat natural, nos salões, nas praias, não há um só lugar onde o carnaval do Rio de Janeiro não se faça presente. Por ser um carnavalesco convicto sempre me interessei sobre as histórias sobre esta festa que é a maior catarse coletiva do país.

Nascido nas ruas, por obra e graça de boêmios e foliões anônimos impulsionados pelo incentivo alcoólico, o carnaval carioca encontrou seu destino nos batuques, nas cantigas improvisadas, na graça das mulheres e na transgressão que ficou sendo uma de suas marcas indeléveis.”

Finalizando, Haroldo destaca que “O livro, para mim, é uma viagem muito interessante pelas várias fases pelas quais o carnaval vem passando, registrando o talento musical do povo, a criação de aparatos visuais, sejam fantasias ou carros alegóricos, sempre acrescentando inovações e variedades, tendo sempre o cuidado de não perder de vista as razões de sua existência que são a alegria espontânea do povo e a soma das nossas influências culturais.”

Na apresentação do livro, a Editora Irmãos Vitale comenta ainda que “Zé Pereira, corso, batalha de confete, banho de mar a fantasia, bailes, concursos de fantasia, blocos, escolas de samba. Tudo nos é mostrado pelo jornalista e historiador Haroldo Costa, de maneira clara e erudita, falando do que conhece e muito bem.

O livro é fruto de um longo trabalho de pesquisa, no qual o autor se debruçou para compilar o que de mais importante ocorreu no carnaval carioca, desde os primórdios do Século 20 até os dias de hoje.”

Fonte: Blog do Nassif