União Europeia aceita proposta grega e deverá prorrogar resgate

Os ministros de Economia e Finanças da zona do Euro aceitaram, nesta terça-feira (24), a lista de reformas proposta pelo novo governo grego para prorrogar até o final de junho o resgate financeiro.

Bandeiras da União Europeia diante da sede da entidade

Depois de uma hora de teleconferência, os ministros de 18 estados membros da união monetária decidiram iniciar os procedimentos nacionais para a adotar a decisão final sobre a extensão do programa, segundo indicou um breve comunicado final.

Parlamentos de várias nações, entre elas Alemanha e Holanda, devem dar seu aval a fim de fazer efetiva a continuidade da assistência, cuja prorrogação atual conclui-se no próximo sábado (28).

Para o encontro desta terça-feira, os sócios levaram em conta as avaliações realizadas pela Comissão Europeia (CE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), os três organismos responsáveis pelo resgate outorgado a Atenas desde 2010.

Segundo o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, os ministros consideram a lista de medidas suficientemente completa para ser um ponto de partida válido, que permita finalizar a revisão do programa de assistência de maneira satisfatória.

Essa revisão, que está pendente há meses, permitirá desbloquear um último trecho pendente por 1,8 bilhões de euros, do resgate total de 240 bilhões de euros.

Ao mesmo tempo, possibilitará a transferência de 1,9 bilhões de euros que o Executivo helênico reclama ao BCE a partir do rendimento dos bônus gregos.

De acordo com os titulares do Eurogrupo, o pacote enviado por Atenas constitui um primeiro passo baseado no acordo atual do resgate e, portanto, deverá ser melhor detalhado.

Com vistas a isso, pediram às autoridades gregas a desenvolver e ampliar as medidas, sobre a base do programa existente e em estreita coordenação com as instituições. Em carta enviada a Dijsselbloem, o presidente do BCE, Mario Draghi, manifestou que as propostas da Grécia cobrem um amplo campo de "reformas" e são suficientemente completas, ainda que considerou que em algumas áreas diferem dos compromissos assumidos como parte do atual programa.

Por sua vez, a diretora gerente do FMI, Christine Lagarde, deu sua aprovação à lista, mas estimou que não é muito específica e carece de garantias claras sobre a continuação do plano de reformas.

As duas instituições, junto ao CE, exigiram a Grécia severas políticas de cortes e austeridade, muitas das quais foram rejeitadas no programa do partido dirigente Syriza.

Fonte: Prensa Latina