Maduro convoca militares e se prepara para uma guerra civil
Convencido de que os Estados Unidos trabalham para fomentar uma guerra civil na Venezuela, à semelhança do ocorrido na Síria e na Líbia, com o fim de apossar-se do maior manancial de petróleo do mundo existente naquele país, o presidente Nicolás Maduro determinou ao ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, e à ministra do Interior, almirante, Carmen Meléndez, "colocar as forças policiais e militares da pátria em alerta máximo".
Publicado 26/02/2015 09:53
Maduro, que há uma semana desbaratou uma tentativa de golpe cívico e militar, denuncia desta vez que "paramilitares estão sendo infiltrados, a partir da Colômbia, para gerar tumulto e violência em seu país.
"Querem infiltrar grupos armados treinados pelos paramilitares da Colômbia, obedecendo as ordens do norte (Estados Unidos), para destruir a pátria de Bolívar".
Para contra-atacar as investidas externas e internas contra a revolução bolivariana, iniciada por Hugo Chávez há 15 anos, Nicolás Maduro afirmou que o desafio é produzir mais e garantir o cumprimento das metas (do governo nacional). Para isso, fez um chamamento aos trabalhadores para que permaneçam de sobreaviso ante os ataques da ultradireita. Por fim, solicitou o respaldo da classe operária para defender a democracia e a paz na Venezuela.
Antes, a rede de televisão multiestatal Telesur transmitiu um documentário sobre as denúncias de violações dos direitos humanos, em que comprova, com imagens, que a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, ocorrida na semana passada, se deu com base judicial e sem qualquer tipo de violência como a relatada pela mídia internacional. Segundo este relato, Ledezma sofreu violência física e foi sequestrado por indivíduos encapuzados. O vídeo da telesur, ao contrário, mostra Ledezma caminhando tranquilamente sob a escolta de agentes do serviço de inteligência (Seibin) e ainda fazendo com os dedos o V da vitória.
No mesmo vídeo, a rede venezuelana, também integrada por capital da Argentina, Bolívia, Cuba Equador, Nicarágua e Uruguai, faz um relato dos massacres comandados pelos governos que antecederam Hugo Chávez, mostrando que três mil pessoas foram mortas no Caracazo de 1989, sob o regime do presidente civil Carlos Andrés Pérez.
Fonte: blog Café na Politica