Missão da Unasul chega à Venezuela na sexta-feira

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou, nesta quarta-feira (4), que uma missão da Unasul chegará na próxima sexta-feira (6) a Caracas para avaliar a tensa situação política depois de uma frustrada tentativa de golpe, em 12 de fevereiro.

Unasul - Unasul

Em seu programa de rádio e TV “Em Contato com Maduro”, ele afirmou que a data foi acertada com o secretário-geral da União de Nações Sul-americanas (Unasul), o ex-presidente colombiano Ernesto Samper.

Maduro tinha solicitado o apoio desse organismo depois de apresentar provas da manobra organizada pela oposição local, um pequeno grupo de oficiais da aviação militar e o respaldo de diplomatas estadunidenses em Caracas para derrocar seu governo.

A delegação será integrada pelo chanceler do Equador, Ricardo Patiño, e seus pares do Brasil, Mauro Vieira, e da Colômbia, María Ángela Holguín.

“A viagem tem como objetivo fortalecer a democracia e o diálogo nesse país, sacudido por uma onda de violência opositora”, assinalou Patiño em Quito.

Por sua vez, Samper afirma em um comunicado que essa visita se baseia nos esforços que o órgão sob seu comando procurar realizar para que se "preservem a continuidade democrática do país fraterno, respeitando, sua soberania e a legitimidade de suas instituições".

Em outra parte do programa, Maduro rebateu declarações recentes do presidente Barack Obama, que o qualificou de "antiestadunidense", ao se referir a um recente pacote de medidas diplomáticas adotadas pela Venezuela.

No sábado (28), o chefe de Estado anunciou um grupo de iniciativas como a redução para 17 do número de servidores públicos na embaixada de Washington em Caracas.

Também estabeleceu um sistema de visto para os estadunidenses que queiram viajar à Venezuela e estabeleceu uma lista de pessoas dessa nacionalidade que não poderão ingressar no país.

O mandatário também indicou que notificaram aos servidores públicos diplomáticos que toda reunião realizada nesta nação deverá ser autorizada expressamente pelo Governo.

A respeito dos comentários de Obama, Maduro assegurou que pelo contrário, assim como a seu povo, ama a história, a cultura e a música dos Estados Unidos, ainda que tenha assinalado que se sente anti-imperialista, anticolonialista, antiescravista, antirracista.

Ele afirmou que os que são verdadeiramente antiestadunidenses são aqueles que da Casa Branca enviam jovens à guerra, para morrer e para matar.

“Os antiestadunindenses são os que enviam drones para massacrar o povo da Síria, como antes o fizeram com o do Vietnã”, agregou.

Fonte: Prensa Latina