UJS: Marchar contra o machismo é marchar contra o conservadorismo

Maria das Neves, diretora de jovens feministas da União da Juventude Socialista (UJS), convocou as mulheres – e também os homens – do Brasil para marchar contra o conservadorismo golpista e contra o machismo. "Fiquemos alertas às tentativas de golpe, elas nada mais são que ataques à democracia, à soberania, aos direitos das mulheres e homens que produzem a riqueza em nosso país", afirma Maria em seu chamado.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho

Maria da Neves

"Somos filhas da resistência. Se um dia lutamos pela retorno da democracia, Hoje deveremos lutar pela sua defesa", declarou a dirigente nacional em entrevista à Rádio Vermelho.

Maria falou também sobre os dois projetos em disputa no Brasil. "O projeto golpista e entreguista, dos que foram derrotados em 2014, é contra ele que devemos tormar as ruas e marchar", avisou.

Ela ainda disse que está do lado do "projeto dos que defendem a democracia, a Petrobras, a soberania, o direito à liberdade de amar e o direito das mulheres. Dilma Rousseff defende esse projeto e os movimentos feministas e sociais também. E, é desse lado que os que defendem o Brasil devem estar no 8 de Março".

Ao falar sobre as conquistas do gênero nos últimos 12 anos, Maria das Neves salientou que "a luta política em curso significa defender as muitas conquistas para as mulheres, com destaque para a criação da Secretaria Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), a Lei Maria da Penha e as diversas políticas públicas que colocaram a mulher em um outro patamar na sociedade".

Reforma Política

Ao defender a reforma política com o fim do financiamento de campanha por empresas e a ampliação da participação das mulheres nos espaços de poder, pondo fim a sub-representação, a dirigente comunista falou dos desafios da disputa política em Brasília e destacou que o Congresso recém eleito é o mais conservador desde 1974.

"Apesar de sermos maioria do eleitorado estamos sub-representadas no Congresso Nacional. Representamos menos de 10% dos principais espaços de decisão do país. No ranking de 188 países, o Brasil aparece na 156ª posição no que se refere a participação feminina no parlamento. Por isso, reafirmos: lugar de mulher é na política".

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