Oposição quer privatizar Petrobras, diz deputado 

O deputado Valmir Prascidelli (PT-SP) avaliou a sessão de mais de 10 horas da CPI da Petrobras na última quinta-feira (12) como “esquizofrênica”, com o objetivo escuso de enfraquecer a Petrobras para privatizá-la. “Vimos a utilização de dois pesos e duas medidas por parte de deputados da oposição, comprometidos em transformar a Petrobras, esse patrimônio dos brasileiros, em um ativo a ser vendido para empresas internacionais”, denunciou Prascidelli. 

Fachada da sede da Petrobras

Ele citou a diferença de tratamento dos parlamentares oposicionistas dispensada ao ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Enquanto Gabrielli – que não é réu nem acusado – foi hostilizado pelos deputados, Cunha, que foi denunciado pelo Ministério Público na Operação Lava Jato, foi ouvido com respeito e mesmo reverência”.

De acordo com Prascidelli, os mesmos deputados que disseram que o presidente Eduardo Cunha foi envolvido na investigação em razão de ilações ofenderam Gabrielli, que não é réu e nem acusado.

“De manhã, com Cunha, as acusações foram tratadas como ilações. À tarde, as mesmas
denúncias apócrifas se tornaram verdades absolutas e peças de acusação. Trata-se de uma manobra para deturpar o objetivo desta CPI, que é investigar, apurar, extirpar qualquer ato ilícito e, assim, fortalecer ainda mais a Petrobras”, defende.

Prascidelli citou ainda a incoerência dos parlamentares do DEM ao tentar envolver Gabrielli com a corrupção na Petrobras quando o próprio presidente do partido, Agripino Maia (RN), é apontado como sócio de uma empresa investigada pela Lava Jato com contratos fraudulentos desde o ano de 2001.

“Há deputados na CPI que trataram um criminoso confesso, Pedro Barusco, como herói. Tentam enganar o povo brasileiro para retomar o antigo projeto dos tucanos de privatizar a Petrobras, que se tornou uma das maiores petrolíferas do mundo. Nos governos Lula e Dilma, o valor de mercado da empresa saltou de R$ 15 bilhões, em 2002, para R$ 104 bilhões em 2014; o lucro, de R$ 4 bilhões para R$ 25 bilhões no mesmo período, e aumentamos em 73%
a produção de petróleo nacional, enquanto a produção mundial aumentou apenas 12%”, finalizou.

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Fonte: PT na Câmara