Aécio mantém a pregação do quanto pior melhor    

Apesar da presidenta Dilma Rousseff reafirmar repetidamente a necessidade do diálogo e abrir os canais de negociação com diversos setores da sociedade, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato da oposição derrotado nas urnas, mantém sua pregação ao ódio e afirma em sua coluna semanal no jornal Folha de S. Paulo, que o governo "não quer" diálogo.
 

 

Rádios de Aécio levaram R$ 1 milhão do governo de MG - Reprodução

“Temos hoje um governo sem qualquer diálogo com a sociedade, que faz o que quer, como quer e quando quer”, diz o tucano, que centrou as suas críticas às medidas econômicas da presidenta Dilma, que segundo ele são insuficientes para enfrentar a crise.

“Sem um plano de desenvolvimento, e eleito com base em promessas que não serão cumpridas, entrega ao país um ajuste rudimentar que terá um custo muito elevado para a sociedade, pois será baseado na redução de direitos dos trabalhadores, cortes do investimento público e aumento de carga tributária”, disse Aécio.

Na semana passada o seu guru econômico e ex-futuro ministro da Fazenda, Armínio Franga, disse que a meta de superavit primário de 1,2%, estabelecida pelo governo, é insuficiente para o arrocho que ele diz ser necessário para interromper o aumento da dívida bruta.

No artigo, Aécio se apresenta como oposição ao pacote de medidas da presidenta Dilma, mas diz que “o ajuste fiscal deveria ser apenas uma parte de um programa mais amplo de crescimento e de reformas estruturais discutido com a sociedade civil e pactuado pela presidente da República”. E fica nisso, sem apresentar uma proposta objetiva, o que foi marca de Aécio durante a campanha eleitoral.

Reafirmando que é da turma do quanto pior melhor, Aécio diz que “não será um ajuste rápido como se apregoa, mas vários anos de aperto fiscal em uma conjuntura de baixo crescimento”.

Ele diz ainda que o governo não é capaz de conduzir essas mudanças. “A questão que parece ser central agora é que é muito difícil fazer ajustes de fundo, consistentes, em um governo politicamente fraco. Em muitos casos, crises podem virar janelas de oportunidade para se criar um consenso mínimo a favor de uma agenda mais ampla de reformas”, diz ele.

Para Aécio, como nada vai ser resolvido o caminho unificar um discurso golpista contra as medidas com outros partidos da oposição, como o DEM, PPS e Solidariedade.

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Do Portal Vermelho, com informações de agências