Casa Civil detalha ações para os Jogos do Rio 2016    

Os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos representam o maior evento do planeta, não apenas do esporte, mas de qualquer outro setor. Organizá-los, para qualquer país, é um desafio que requer a colaboração de diversas pastas governamentais, como Defesa, Turismo, Saúde, Aviação, Relações Exteriores, entre outras. No Brasil, o papel de coordenar esses atores cabe à Casa Civil.
 

 

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O portal Brasil 2016 conversou com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante e, na ocasião, ressaltou como as lições e o aprendizado da Copa do Mundo Fifa 2014 ajudarão o País a organizar as Olimpíadas e as Paraolimpíadas.

O ministro também falou sobre os resultados que o Brasil pretende atingir ao sediar os Jogos e explicou a atuação da Casa Civil na coordenação do evento.

Papel da Casa Civil

A Casa Civil tem o papel de coordenação, especialmente quando há atividades interministeriais. No caso da Copa do Mundo, por exemplo, tínhamos 17 ministérios que trabalhavam coordenados pela Casa Civil.

De acordo com Mercadante, evidentemente, o Ministério do Esporte é a atividade mais diretamente vinculada, mas você tinha o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal trabalhando juntos nos aeroportos; a Secretaria de Aviação Civil, para a reforma dos aeroportos; os portos, com a Secretaria dos Portos; tinha toda a parte de segurança que era coordenada por todos esses comitês junto com os governos estaduais; tinha o Ministério da Saúde. Enfim, é bastante complexa a gestão.

Tínhamos um Centro de Comando e Controle em Brasília e em todas as capitais onde havia jogos (da Copa) para monitorar todas as áreas e fazer o planejamento.

Além da estrutura, que é a parte mais visível, tem todo um conjunto. Você imagina que agora, nos Jogos Olímpicos, vamos ter 205 nações. Podemos ter aqui mais de 100 chefes de estado. Você tem que ter a segurança de um a um, a comitiva, o deslocamento, recepção… vêm personalidades do mundo inteiro.

A Olimpíada é o maior espetáculo da terra. É maior do que a Copa e mais complexo do que a Copa. É mais concentrado também no Rio de Janeiro, mas hoje, no planejamento, temos atividades no país inteiro.

Organização dos Jogos Olímpicos a 500 dias da abertura

Quase tudo o que planejamos está sendo executado. A prefeitura do Rio de Janeiro, o governo do Rio de Janeiro e o governo federal trabalham fortemente em parceria.

As obras logísticas estão encaminhadas e a estrutura esportiva e os centros esportivos estão quase todos dentro do cronograma. A parte de recepção da imprensa, que é um grande centro, o IBC, também está encaminhado.

Tem a Vila dos atletas… São várias obras conexas no Rio e nós desenvolvemos centros de esporte de alto rendimento em vários estados, exatamente para que a Olimpíada deixe como legado esse espírito olímpico e especialmente a preparação cada vez mais coordenada e mais eficiente dos atletas brasileiros para os futuros Jogos Olímpicos.

Integração do governo

É um desafio maior (do que a Copa). São 42 modalidades esportivas e mais de 10 mil atletas e 205 países devem estar presentes. Agora é basicamente concentrado na cidade do Rio e, então, tem um problema de acolhimento desses turistas, a parte de segurança, de logística.

Mas o Brasil já é a sétima maior economia do planeta e estamos preparados para isso. Acho que a Copa nos deu experiência. Fora do campo nós demos um show de bola.

Perdemos dentro do campo. Agora precisamos dar um show fora do campo, e nas pistas e outras modalidades. Por isso há também um conjunto de políticas públicas para estimular os atletas que vão disputar essas competições, para que a gente possa ter um melhor posicionamento no quadro de medalhas.

Aprendizado com a Copa do Mundo

O planeta inteiro vai estar olhando para o Brasil. Então é uma grande oportunidade de mostrarmos o que somos como sociedade, como povo, como cultura e como identidade.

Esse imaginário que a Olimpíada deixa pode gerar turismo ao longo dos próximos anos, nas próximas décadas, das pessoas quererem conhecer o Brasil que viram por meio das Olimpíadas.

Temos que acolher bem os turistas e fizemos muito bem isso na Copa. Eles saíram satisfeitos do Brasil pela recepção que o povo brasileiro deu com essa nossa cultura de festa, de dança, de música e de uma culinária muito rica.

Acho que esse acolhimento e essa imagem podem ser a grande projeção do Brasil em toda a economia e em todo o planeta. E isso trará novos negócios, mais emprego, mais atividade econômica e, principalmente, mais turismo.

Legado dos Jogos Rio 2016

O principal legado imaterial é o espírito olímpico. É você saber perder, saber ganhar, respeitar as regras, ter uma atitude de convivência com os adversários na competição e sair comemorando por ter participado.

Então, acho que esse espírito olímpico e o esporte como atividade humana é a grande contribuição. Espero que o Brasil saia fortalecido não só para essa Olimpíada, mas para todas as outras que virão. Isso projeta a nação, o povo brasileiro e o nosso país.

O segundo grande legado é material. Estamos deixando equipamentos esportivos de ponta, centros de alto rendimento, equipamentos e centros para as Paraolimpíadas, e trabalhamos com as universidades federais, com os quartéis, onde também há uma estrutura esportiva importante de respaldo ao que está sendo feito. Então, é toda uma rede que está sendo montada para que a gente possa, depois, dar continuidade a esse trabalho.

Por último, o mais importante é que esse espírito olímpico chegue à sala de aula e à escola pública e que nossos estudantes comecem a olhar o esporte com mais seriedade, motivação e passem a sonhar que podem ser um atleta olímpico e a acreditar que eles podem ser.

A prática esportiva gera sociabilidade, valores, ajuda na prevenção da saúde e é uma atividade humana das mais ricas, das mais complexas e das mais interessantes. O Brasil vai ser o centro do planeta em 2016 em tudo o que diz respeito ao esporte.

Fonte: Blog do Planalto