Centenas de palestinos em risco de morte por bloqueio de Israel

O Ministério de Saúde da palestina denunciou que centenas de pacientes estão em perigo de morte por causas evitáveis devido à escassez de medicamentos e equipamentos ocasionada pelo bloqueio israelense de oito anos.

Faixa de Gaza - Reuters

Há oito anos Gaza está submetida pelo Governo israelense ao fechamento de suas fronteiras e a situação piorou depois da agressão militar de quase dois meses entre julho e agosto do ano passado durante a qual morreram 2.200 civis, em sua maioria mulheres e crianças, quase 11 mil ficaram feridos e mais de 100 mil ficaram desabrigados.

“Muitos dos feridos durante os ataques israelenses encontram-se entre a vida e a morte pela escassez de medicamentos para atendê-los mas é impossível transferi-los devido ao bloqueio israelense”, assinala um membro da agência da ONU para os refugiados.

“O bloqueio israelense impede as importações e exportações e com frequência ocasiona crises humanitárias”, afirmou o porta-voz do ministério Ashraf al Qidra.

“A atenção médica enfrenta sérios obstáculos devido à ocupação israelense”, afirmou o delegado da Organização Mundial de Saúde na faixa, Mahmoud Daher.

Em outubro passado as autoridades egípcias fecharam a passagem fronteiriça de Rafah devido ao auge dos ataques de grupos islamistas na península de Sinai, nordeste, que assegura, contam com o apoio do movimento Hamas, no controle da faixa.

A entidade islamista palestina refuta as alegações e assegura que não se imiscui em assuntos internos de outros países.

Em 1º de abril o Governo palestino aderiu à Corte Penal Internacional ante a qual apresentará vários expedientes de crimes de guerra cometidos por Israel durante sua ocupação de Gaza e da Cisjordânia.

Fonte: Prensa Latina