Seminário pauta importância de empresas terem mulheres em altos cargos

A organização Women in Leadership in Latin America (Will) fez  nesta terça-feira (7) seu primeiro debate do ano sobre equidade de gênero e convidou homens para discutir a presença de mulheres em cargos de liderança nas empresas. Segundo a presidenta da organização, Silvia Fazio, o debate pretende mostrar que empresas com liderança equilibrada entre mulheres e homens são mais produtivas.

Eleonora Meniucci - Agência Brasil

Convidando os Homens para o Debate: a Presença Feminina Gera Lucros foi o título do seminário, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. Ao abrir o evento, a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, convidou os homens a lutar pela igualdade de gênero e a se negar a regredir nas conquistas feministas.

“À questão do patriarcado se misturam os valores culturais, os valores éticos que desqualificam a ética da competência, a ética da capacidade, da sabedoria, da qualificação profissional. Nós, mulheres, somos mais qualificadas que os homens na educação formal e não ganhamos igual a eles. Não ocupamos os mesmos espaços nem no Poder Público e nem tampouco no mundo do trabalho”, frisou.

Eleonora ressaltou que a mulher também sofre preconceito com os valores culturais da estética, que as obrigam a seguir um padrão. ”Nós temos que ter o direito de ser como quisermos ou como o nosso corpo pede”, defendeu a ministra.

Segundo a Will, apenas 6% dos postos em conselhos de administração das empresas brasileiras são ocupados por mulheres. Além disso, elas ganham 28% menos que os homens.

“É importante um debate como esse para informar à mulher dessa situação, e também para informar ao homem”, disse Sílvia. Para ela, questões culturais estão entre os principais motivos dessa disparidade. “São fatores históricos, culturais, a mulher se boicota em alguns casos, acaba se conformando com a situação de não promoção, de não aumento de salário. São fatores culturais fortes. A gente não pode entrar nas casas das pessoas para tentar mudar a educação, mas podemos entrar nas faculdades, fazer eventos como esse”, acrescentou a executiva.

Fonte: Agência Brasil