PL 4330: trabalhadores protestam em frente à FIERN

Em Natal, os protestos contra o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização, precarizando as relações de trabalho, tiveram continuidade na tarde desta quarta-feira, 15.

Atos Natal - Gilson Sá
Concentrados nas proximidades da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte – FIERN, na Avenida Senador Salgado Filho, desde às 15 horas, cerca de dois mil manifestantes, entre eles, representantes de centrais sindicais e integrantes dos movimentos sociais repudiaram o Projeto. Ao mesmo tempo, reivindicaram a saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB) da Presidência da Câmara. Em seguida, já no fim da tarde, os manifestantes seguiram em passeata até o shopping Midway Mall.

Mais cedo, nas pimeiras horas da manhã, trabalhadores petroleiros e de outras categorias profissionais já haviam promovido atos e atrasos de expediente na sede administrativa da Petrobrás e na Zona Norte da cidade, onde se localiza a maior parte das indústrias. A adesão crescente e expressiva ao movimento confirma o entendimento de que na medida em que a sociedade toma conhecimento do conteúdo do PL manifesta-se contrária a ele.

Para o coordenador-geral do SINDIPETRO-RN, José Araújo, o PL representa um retrocesso de direitos para os trabalhadores. “O PL 4330 só beneficia um público: os patrões”, enfatizou José Araújo. Entre outras consequências da banalização da terceirização, o coordenador destacou o achatamento salarial, a maior rotatividade de funcionários nas empresas, além do crescimento do número de acidentes. “Com esta medida não estão criando empregos. Estão precarizando os existentes”, destacou. Para os representantes das centrais sindicais promotoras da manifestação, a agenda de lutas da classe trabalhadora segue firme nas próximas semanas.

Além do SINDIPETRO-RN, participaram dsa manifestações representantes da ADURN-SINDICATO; UNE; SINTE-RN; SINSENAT; Sindicato dos Bancários; Sindicato dos Rodoviários; SindSaúde; SINDITEXTIL; SINTECT; UJS; Estudantes da UFRN; UERN e IFRN; CTB; CUT; CSP – Conlutas; além de militantes do PCdoB; PT; PSOL e PSTU.

Fonte: Sindipetro/RN