Em eleição da CNBB, líderes apontam reforma política como urgente

A Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza nesta segunda-feira (20), a votação para escolha da nova direção para um mandato de quatro anos, além dos presidentes do Conselho Episcopal Pastoral, formado pelas comissões responsáveis por 12 linhas de ação do episcopado.

Cardeal Raymundo Damasceno CNBB

O nome mais cotado para presidente é o do arcebispo de Brasília, d. Sérgio da Rocha, que substituiria o cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, que manifestou o seu desejo de não ser reeleito.

Duas alternativas para a presidência, no caso de se optar por outro nome, seriam os cardeais d. Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, e d. Odilo Scherer, de São Paulo.

No âmbito político, por exemplo, a análise da crise que o país enfrenta divide os bispos. Embora a CNBB tenha uma posição moderada, refletindo sobre os problemas sem se envolver em manifestações,

Mas a entidade, assim como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tem ampla participação na campanha pela reforma política. A CNBB integra a Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, juntamente com mais de 100 entidades, que recolhe assinaturas pelo projeto de reforma política democrática e popular.

"A CNBB acredita que, para levar a bom termo um empreendimento tão amplo e complexo como a reforma política, é preciso juntar esforços e superar os radicalismos e as ideias preconcebidas que obstruem a via do diálogo e impedem o aperfeiçoamento da democracia. Considera saudável, tanto para o mundo político quanto para a Igreja, o pluralismo que marca a sociedade democrática na qual vivemos: ele favorece o diálogo, o debate respeitoso e a busca de harmonia nas diferenças. Por isso, quanto ao projeto que tem o seu apoio, a CNBB se declara aberta ao debate e reitera profundo respeito à pluralidade que enriquece a sociedade brasileira", disse cardeal Raymundo Damasceno em artigo publicado no site da CNBB nesta segunda (20)

Os bispos utilizarão 15 urnas eletrônicas para a eleição. Antes do início da votação, serão exibidos em painéis as chapas sugeridas pelos setores regionais da CNBB. D. Damasceno acredita que, na tarde desta segunda, poderá ser eleita a nova presidência, "a não ser que haja um acidente de percurso".

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Do Portal Vermelho, com informações de agências