Trabalhadores farão marcha contra terceirização

Convocação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, durante plenária regional do PCdoB para debater as teses do partido em preparação à 10ª Conferência Nacional. A caminhada sairá às 13h30min, do 1º de Maio, de frente do Sinmdicato.    

Plkenária - Roberto Carlos Dias

Os trabalhadores de Caxias do Sul vão promover marcha no dia 1º de Maio contra o PL 4330, que trata da terceirização, e foi aprovado pela Câmara dos Deputados. O chamamento foi feito pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, Assis Melo (PCdoB), em plenária Regional do PCdoB, que ocorreu em Caxias, sexta-feira, dia 24 de abril. A saída será às 13h30min de frente da sede do sindicato, na Rua Bentio Gonçalves, 1513.
A plenária reuniu mais de 200 militantes, líderes de movimentos sociais e convidados da sociedade em debate das teses do partido em preparação à 10ª Conferência Nacional do PCdoB. Com mediação do presidente do PCdoB de Caxias, Deo Gomes. O dirigente nacional do partido Walter Sorrentino, do Comitê Central, fez a abertura, com muita clareza e objetividade, mostrando o que está por trás desse movimento que quer o impeachment da presidenta Dilma e da aprovação do PL 4330, que traz retrocesso para a classe trabalhadora.
"É a maior tentativa de golpe para retirar direitos sociais e trabalhistas, conquistados nesses quatro mandatos progressistas no Brasil. A terceirização, explica Sorrentino, é regredir a 1930 quando Getúlio Vargas começou jornada pelos direitos trabalhistas. É rasgar a CLT".
O dirigente fez ainda o alerta do que está por trás das denúncias da Petrobrás.
“É uma tentativa de enfrequecê-la como empresa pública para atender a interesses imperialistas, para abrir concessão, para impedir a partilha da camada de pré-sal, para acabar com os postos de emprego e os investimentos em tecnologia e engenharia do país. É paralisar a economia e o desenvolvimento social.”
Sorrentino sustentou ainda que desde 1945 o Oceano Atlântico não era tão observado e vigiado como agora pelos americanos. E destacou que o petróleo vem sendo o pivô de muitas guerras no mundo há mais de 100 anos, pelo menos.

Ao fazer sua intervenção, Assis Melo defendeu a intensidade da luta política para que a mãe, a dona de casa, e o pai trabalhador não entreguem para seu filho a carteira de trabalho como peça de museu. O líder sindical antecipou ainda que é hora de ir para as ruas, ao convocar os trabalhadores para marcha no dia 1 de Maio, até os pavilhões para alertar o povo, a massa, dos graves riscos da terceirização do trabalho, que a oposição e a grande mídia tratam como regulamentação. E fez um alerta:
"Se o senhor Renan Calheiros, presidente do Senado, colocar esse crime contra o trabalhador em votação, vamos parar a cidade. Se esse texto passar, vai virar tudo comércio e serviços. A terceirização é para acabar com o Brasil. O que eles querem é acabar com os direitos trabalhistas, vender a Petrobrás e quebrar o Brasil."

O universitário, Cláudio Libardi, membro da União da juventude Socialista (UJS) e um dos dirigentes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) fez defesa da democracia, amparado nas políticas públicas para a juventude e nos investimentos da camada pré-sal em em educação, tecnologia e engenharia para manter os empregos e fazer o Brasil avançar rumo ao desenvolvimento.
O secretário estadual de Organização, André Coutinho, reforçou pontos abordados por Sorrentino e explicou que a ideia divulgar e debater as teses, promovendo 30 plenárias em todo Estado até o dia 22 de maio.
“Estamos vivendo conjuntura nacional muito adversa, onde os direitos estão ameaçados e a democracia sofre forte abalo, com a formação de um Congresso Nacional mais conservador e reacionário desde 1964. É preciso ter clareza do que está acontecendo com os direitos conquistados pela classe trabalhadora do país”, destacou Coutinho.
No encerramento, Deo Gomes fez o desfecho:
"O PCdoB tem lado, tem rumo e reafirma: Fica Dilma".