Procurando fatos, tucanos recuam mais uma vez sobre impeachment

Como era esperado, a divisão entre os tucanos sobre qual é a melhor estratégia para o golpe levou a um recuo do PSDB sobre o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Eles decidiram, pelo menos por enquanto, que irão tentar levar adiante uma "ação penal".

Aécio neves e Carlos Sampaio

Na semana passada, os tucanos mais desesperados diziam que o partido apresentaria esta semana o pedido formal de impeachmet. Agora, o senador Aécio Neves, candidato derrotado nas últimas eleições para o cargo de presidente da República, informou que adiou para a semana do dia 20 de maio a reunião com presidentes e líderes de partidos da oposição, marcada para esta quarta (6), em que o grupo prometeu tomar uma decisão formal sobre sobre o impeachment.

Oficialmente, Aécio afirmou em nota que os novos documentos e informações levantados pela CPI da Petrobras da Câmara provocaram o adiamento da reunião – assim como o fato de o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa ter apresentado sua defesa no Tribunal de Contas da União sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Aécio não disse, mas Costa também reafirmou o pagamento de proprina para o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra.

Aécio disse que, na semana que vem, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP) – principal defensor da proposta – vai se reunir com o jurista Miguel Reale Júnior para discutir o parecer jurídico que está sendo elaborado pelo ex-ministro da Justiça para dar base ao pedido de impeachment.

O senador afirma que os "fatos novos" levantados pela CPI da Petrobras serão incluídos no parecer jurídico. Só depois do encontro de Sampaio com Reale Júnior é que o PSDB diz que vai realizar a reunião com a oposição.

Fato mesmo é que os tucanos não tem elementos legais que fundamentem o seu afastamento do cargo da presidenta Dilma. Os juristas consultados já informaram que, apesar da sanha golpista, não há como prosseguir com um pedido.

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Do Portal Vermelho, com informações do Brasil 247