Pais de estudantes de Ayotzinapa exigem investigações sérias

Pais e familiares dos 43 estudantes de Ayotzinapa foram à Procuradoria Geral da República (PGR), no México, para exigir resultados sérios nas investigações sobre o ocorrido em Iguala.

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Felipe da Cruz, pai de um destes jovens e porta-voz dos familiares, expôs que sua intenção é recordar ao governo federal que o movimento, em demanda do aparecimento com vida dos estudantes, se mantém.

A mais de sete meses do desaparecimento forçado dos 43 estudantes, o grupo demandará ao titular da Sub-procuradoria Especializada em Investigação de Delinquência Organizada, Felipe de Jesús Muñoz, que continuem as investigações.

Assim mesmo, que lhes permita presenciar os interrogatórios a Francisco Salgado, ex- subdiretor operativo da polícia municipal de Iguala, recentemente detido e conceituado um dos principais envolvidos.

Da Cruz assinalou que "viemos a recordar ao governo federal que a investigação deve seguir e que recusamos a mentira histórica do ex- procurador Jesús Murillo Karam".

Segundo declarou este em dezembro de 2014, os normalistas foram entregues a integrantes da organização criminosa.

Acrescentaram que querem que se chegue à verdade do ocorrido com os jovens, que, segundo as investigações da PGR, foram assassinados por integrantes do cartel Guerreiros Unidos.

Os familiares dos estudantes reclamam o regresso com vida dos 43 jovens da Escola Normal Rural Raúl Isidro Burgos de Ayotzinapa, bem como sancionar aos responsáveis materiais e intelectuais e esclarecer os fatos.

Em 26 de setembro, em Iguala, no estado de Guerreiro, policiais locais dispararam contra os jovens, com um saldo preliminar de seis mortos, incluindo um menor, e vários feridos, enquanto os 43 normalistas foram entregues ao grupo criminoso.

Fonte: Prensa Latina