Premiê iraquiano pede que Exército resista aos ataques do EI em Ramadi

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, ordenou, nesta segunda-feira (18), que as forças militares resistam e defendam suas posições em Al-Anbar, província ocidental cuja capital, Ramadi, caiu nas mãos de terroristas do Estado islâmico (EI).

Terrorista do Estado Islâmico em Mossul, Iraque

A indicação de Al-Abadi, na sua qualidade de comandante-geral das Forças Armadas do Iraque, tenta impedir a retirada maciça das tropas do exército e forças de segurança da cidade. Moradores relataram a jornalistas que soldados e policiais recuaram caoticamente depois de dias de combates pesados.

O presidente pediu que voluntários xiitas estivessem prontos para apoiar as forças de segurança nos esforços para libertar Al-Anbar, podendo responder a um pedido urgente do Conselho Provincial e de chefes de tribos sunitas.

O Ministério da Defesa iraquiano anunciou, nesta segunda-feira, que as tropas leais ao governo federal continuam lutando contra os terroristas do Estado Islâmico no distrito de Qarma, localizado na extremidade ocidental de Al-Anbar, embora a mídia local tenha relatado que alguns soldados fugiram.

Grupos de milícias xiitas estão, nesta segunda-feira, na cidade iraquiana de Ramadi para ajudar as forças de segurança do Iraque a recuperar a cidade do controle do grupo Estado Islâmico, que a tomou no domingo (17), após intenso combate.

A perda da capital da maior província do Iraque foi o pior revés militar, desde que começaram as operações de recuperação de território no ano passado.

A organização terrorista esteve também perto de tomar a cidade de Palmira, na Síria, mas o Exército iraquiano conseguiu expulsar as milícias.

O Estado Islâmico lançou na quinta-feira (14) a ofensiva sobre Ramadi com uma onda de atentados suicidas. Os combates fizeram cerca de 500 mortos entre civis e membros das forças de segurança – em dois dias.