Tucanos temem grupos golpistas que ajudaram a criar

Com a proposta do impeachment guardada para mais tarde, o movimento inflado pelos tucanos que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff virou uma mula sem cabeça, que passou a atormentar lideranças do PSDB.

Aecio-Neves-chega-ao-Congresso-Nacional-para-reuniao Camara dos Deputados - Gabriela Korossy/Agência Câmara

O Movimento Brasil Livre (MBL) disse que realizaria uma marcha, mas agora se transfomou em "andarilhos anti-Dilma", com 30 pessoas. Eles devem chegar ao Congresso Nacional nesta quarta (26). O que antes seria um grande “fato político” virou um constrangimento para os tucanos e motivo de medo, depois que decidiram tentar o golpe por meio de uma ação penal contra a presidenta, pelo que eles chamam de “pedaladas fiscais”.

O recuo na tese do impeachment por parte do PSDB deixou as lideranças do grupo golpista tão enfezadas que passaram a chamar o presidente do PSDB, o senador e candidato derrotado Aécio Neves, de "traidor", entre outros adjetivos.

Agora, líderes e dirigentes tucanos temem ser hostilizados pelo grupo e chegam a reclamar da "intolerância” e, por isso, não querem receber os monstrinhos que eles criaram.

Aécio minimizou os ataques e confirmou que não vai receber os aliados. O que não altera o resultado,  já que desde o fim do segundo turno, Aécio faz vídeos para convocar para os atos dos tresloucados, mas não comparece a nenhum.

No domingo (24), Aécio escreveu um tuíte prestando solidariedade aos ativistas da marcha que foram vítimas de um acidente no sábado (23). Líder do MBL, Kim Kataguiri respondeu com ironia: “Aécio Neves, obrigado. Lhe aguardamos no dia 27 para marchar conosco. Espero que não tenha nenhuma viagem marcada para NY”.