Justiça nega pedido de censura de Aécio contra sites de buscas

O senador e candidato derrotado nas urnas Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu mais um baque, mas desta vez na Justiça, que negou o pedido feito na ação judicial que movia contra os sites de busca Google, Bing e Yahoo, que tentava eliminar páginas que o relacionavam com desvios de bilhões de reais dos cofres mineiros. Advogados do tucano afirmam que ele vai recorrer da decisão.

Aécio Neves

Na decisão, do Tribunal de Justiça de São Paulo, comparou os sites de busca a "bibliotecários virtuais" e disse que que o pedido contraria direito a livre manifestação.

"Se numa biblioteca pedimos um livro, eles o localizam e o trazem. Se o conteúdo é apto a cometer ilícito, o autor é quem deve responder, não a biblioteca ou o bibliotecário", escreveu.

A ação do Ministério Público, que acusava o ex-governador de improbidade administrativa, acabou extinta após o procurador-geral de Justiça Carlos Bittencourt ter descartado existência de lesão ao patrimônio. O problema, de acordo com os advogados do senador, é que mais de 23 mil sites, blogs e páginas de redes sociais divulgaram o mesmo texto com informações falsas sobre o caso.