Cepal defende um acordo internacional em matéria tributária

A secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, defendeu um acordo internacional em matéria tributária que permita combater a fuga de capitais.

Cepal: America Latina e Caribe discutem Pactos para a Igualdade - Reprodução

“Os fundos ilícitos que saem da América Latina chegam a 150 bilhões de dólares a cada ano, por diversos tipos de evasão fiscal, ao mesmo tempo em que o investimento chega a 158 bilhões, quase o mesmo que a evasão”, detalhou ao intervir em um fórum sobre a economia dessa região.

Bárcena apontou que há problemas endógenos na região, ao mesmo tempo em que assinalou a existência de uma série de restrições externas que dependem de instituições como a Reserva Federal dos Estados Unidos.

Ressaltou que ainda que 15 países tenham realizado reformas tributárias nos últimos anos na América Latina, "se não há um acordo internacional onde se definam melhor regras para evitar esta evasão não vamos poder seguir adiante".

Ao intervir no encerramento do fórum, o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, considerou que é importante investir em educação e em inovação com o fim de reduzir a brecha de produtividade com outras partes do mundo.

Em sua opinião, as atuais dificuldades econômicas da região, bem como as persistentes desigualdades sociais recordam a necessidade de reformas mais rápidas, ao mesmo tempo em que apontou a existência de vários caminhos para se obtê-las.

O fórum ocorre no contexto da Semana da América Latina e do Caribe celebrada na França até o dia 7 de junho, uma iniciativa que teve seu início em fevereiro de 2011 quando o Senado francês aprovou uma resolução para celebrar o dia 31 de maio como um dia dessa região.

Em linha com a ação empreendida pelas autoridades nacionais para relançar e aprofundar as relações bilaterais, o evento adotou uma nova dimensão a partir de 2014 e transformou-se na Semana, para incluir um maior número de atividades, conforme a informação divulgada.