Tucanos vão ao TCU pressionar por reprovação das contas de Dilma

O candidato derrotado e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, e outros líderes da oposição foram nesta terça-feira (16) até o Tribunal de Contas da União (TCU) para pressionar pela reprovação das contas do governo da presidenta Dilma Rousseff.

Aécio Neves

O motivo da pressão contra o TCU para reprovar as contas da presidenta é para tentar justificar um pedido de impeachment contra Dilma. A tese que os tucanos desesperadamente se agarram está baseada no parecer encomendado ao jurista Miguel Reale, o terceiro solicitado pelos tucanos sobre o tema a especialistas.

Bravateiro, Aécio disse que, independentemente do resultado do julgamento do TCU, previsto para esta quarta-feira (17), o Congresso vai analisar o documento. Claro que vai. Todo parecer do TCU sobre as contas do governo federal é apreciado pelo Congresso. Aécio, num tom de que estava dizendo uma grande novidade e impondo pressão sobre o governo, disse que os parlamentares têm o poder de manter a recomendação do TCU ou modificá-la. “O relatório será discutido independente da votação”, disse ele reproduzindo o que está previsto na Constituição.

O governo federal já desmontou a tese dos tucanos ressaltando que não houve crime de responsabilidade. O que os tucanos e a grande mídia chamam de “pedaladas fiscais” – ao dizer que o governo fez empréstimos junto aos bancos oficiais por conta de atrasos no repasse de pagamentos de programas sociais aos bancos Caixa Econômica e Banco do Brasil – acontece desde 2001, portanto durante o governo FHC. Se desde de 2001 as contas do governo foram aprovadas, quais seriam os motivos para reprova-las agora?

Aécio esteve com o relator da matéria, ministro Augusto Nardes, e também com o presidente do TCU, ministro Augusto Cedraz. O relator poderá aprovar com ressalvas ou suspender a análise dos temas específicos até que o TCU decida sobre eles.