Soberania alimentar exige maior articulação dos países sul-americanos

Os programas de segurança alimentar têm avançado na América do Sul, especialmente nos países integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Para a especialista no tema, Maria Rita Marques de Oliveira, é fundamental a articulação dos países do bloco. Além disso, destacou a necessidade de os governos de todas as nações aportarem mais recursos para a articulação desse trabalho, além da viabilização das redes locais.

Rede Ssan-Unasul - João Pimentel/Rede Sans

Maria Rita é diretora técnica da Rede Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da União das Nações Sul-Americanas (Rede Ssan-Unasul). Ela participou nesta terça-feira (16), na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Seminário Internacional da Rede.

A diretora avaliou que o Conselho de Ciência, Tecnologia e Inovação (Cosucti), da Unasul, tem caminhado bem. “A gente tem conseguido fazer parcerias com os países. O Brasil tem pelo menos 21 projetos no contexto da Unasul envolvendo pesquisadores brasileiros e da região”.

A sua expectativa é que a partir de agora todos os países institucionalizem os programas de segurança alimentar nas suas agendas.

Pesquisadores do Brasil, Chile e Venezuela discutiram no seminário assuntos de interesse da Rede, com destaque para sociotecnologia, segurança alimentar e nutricional e soberania alimentar.
Entre 24 e 26 de junho, será realizado em Foz do Iguaçu (PR) o 1º Fórum do Programa Rede Ssan-Unasul. Para a diretora técnica, o encontro é fundamental para “amadurecer” o que será debatido no fórum.

No evento do final de mês deverão ser estruturados os grupos de formação da Rede Ssan. Nos debates previstos para a agenda do fórum está a criação do estatuto da Rede; a constituição do comitê técnico e científico, além do modelo dos centros de ciência e tecnologia, responsáveis pelas pesquisas, ensino e extensão, que funcionarão como núcleos nas instituições de ensino.