Processo do caso de estupro coletivo no Piauí entra em nova fase
O processo sobre o estupro coletivo de quatro adolescentes em Castelo do Piauí, cidade a 190 quilômetros de Teresina, capital do estado, entra em nova fase. Segundo o promotor Cesário Cavalcante, nessa terça-feira (30) o juiz do caso determinou o prazo de dois dias para as alegações finais no processo envolvendo os menores acusados.
Publicado 02/07/2015 10:49
“Ontem, o juiz determinou que fosse dada vista para as partes apresentarem as alegações finais”, disse o promotor. Segundo ele, o prazo vale tanto para a defesa quanto para a promotoria.
Cavalcante disse que nessa fase, promotoria e defesa farão uma análise de tudo o que foi levantado pelas investigações. Caso as provas comprovem a participação dos menores, o promotor pedirá a internação definitiva dos acusados. “Minha expectativa é de que venham a ser confirmadas as alegações preliminares que ofereci na representação. Agora, evidentemente, com mais robustez, com provas concretas apontando o que fez e o que não fez, o que o laudo diz, a perícia, os exames de DNA”.
Após as alegações finais, segundo o promotor, o processo será levado para o juiz determinar a sentença. Caso a internação para cumprimento de medida socioeducativa seja concretizada, Cavalcante explicou que será analisado o tipo de medida a ser cumprida pelos menores.
A terceira vítima do estupro permanece internada. Segundo informações do Hospital de Urgência de Teresina, ela deixaria a unidade no início desta semana, mas passou mal ao receber, no último sábado (27), um coquetel de remédios contra doenças sexualmente transmissíveis. De acordo com a assessoria do hospital, a adolescente passa bem, está se alimentando e deve receber alta ainda esta semana.
Um homem e quatro adolescentes são acusados de violentar e abusar sexualmente de quatro jovens, com idade entre 15 e 17 anos, e arremessá-las do alto de um penhasco. Uma das vítimas, de 17 anos, morreu no último dia 7. Ela teve a face esmagada, lesões no pescoço e no tórax. Duas das meninas já tiveram alta hospitalar.