Mostra reúne filmes sobre a ditadura no Brasil

 

O Sesc realiza a mostra “De 1964 a 1985: A Ditadura Militar Brasileira vista pelo cinema”. Em cartaz na Unidade Crato do Sesc, através do Cinemarana, a mostra acontece na segunda (6), às 19h. A entrada é gratuita.

Dando início à programação, na segunda-feira (6), o público confere “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares. Utilizando documentos secretos da CIA e áudios originais da Casa Branca, o documentário mostra como presidentes norte-americanos articularam o plano civil e militar para derrubar o presidente brasileiro João Goulart.

Produzido por Tata Amaral, o longa-metragem “Hoje” fica em cartaz no dia 13. O filme conta a história de Vera, uma ex-militante política que recebe uma indenização do governo do Brasil pelo desaparecimento do marido. O companheiro de Vera desapareceu durante a ditadura militar. Com o dinheiro a personagem pode comprar um apartamento que sempre sonhou, porém, enquanto organizava a mobília da casa é surpreendida por um reencontro.

Na sequência, no dia 20, é exibido “Diário de uma busca”, da diretora Flávia castro. No filme, Celso Castro, jornalista com uma longa história de militância de esquerda, é encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrou a força. A polícia sustenta que se trata de um suicídio. O episódio, digno de um filme de suspense, é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme que decide reconstruir a história da vida e da morte do pai.

“O Cidadão Boilesen”, de Chaim Litewski, fica em cartaz na segunda-feira (27). Através da surpreendente vida do ex-presidente da Ultragaz, Henning Boilesen, assassinado pela guerrilha em 1971, o documentário revela a ligação política e econômica entre civis e militares no combate à luta armada. Com dezenas de entrevistados, vasto material iconográfico e documentos até então secretos.

Ainda como parte da programação, no mês de agosto, serão exibidos os filmes “Dom Helder Câmara – O Santo Rebelde”; “Marighela”; “Que bom te ver viva”; “Cabra marcado para morrer” e a “A memória que me contam”.

Programação

Mostra “De 1964 a 1985: A Ditadura Militar Brasileira vista pelo cinema”

Julho
Dia 6 – O dia que durou 21 anos
(Dir. Camilo Tavares, Brasil, 2012, 77min)

Dia 13 – Hoje
(Dir. Tata Amaral, Brasil, 2011, 90min)

Dia 20 – Diário de uma busca
(Dir. Flávia castro, Brasil/França, 2010, 108min)

Dia 27 – O Cidadão Boilesen
(Dir. Chaim Litewski, Brasil, 2009, 92min)

Agosto
Dia 3 – Dom Helder Câmara – O Santo Rebelde
(Dir. Erika Bauer, Brasil, 73min, 2004)

Dia 10 – Marighela
(Dir. Isa Grinspum Ferraz, Brasil, 2011, 100min)

Dia 17 – Que bom te ver viva
(Dir. Lúcia Murat, Brasil, 1989, 95min)

Dia 24 – Cabra marcado para morrer
(Dir. Eduardo Coutinho, Brasil, 1984, 119min)

Dia 31 – A memória que me contam
(Dir. Lúcia Murat, Brasil, 2012, 95min)

Fonte: Sesc