Conflitos geram mais de 1, 5 milhão de refugiados no Sudão do Sul

Desde o início da guerra civil no Sudão do Sul mais de 1,5 milhão de pessoas abandonaram seus lares, confirmou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Refugiados no Sudão do Sul

Desse total mais de 730 mil fugiram para países próximos, devido à intensificação das hostilidades nos estados de Unidade e Nilo Alto.

Os combates iniciados em dezembro de 2013 obrigaram também dezenas de milhares de pessoas a fugir para florestas e zonas pantanosas para se esconder, mas como esses lugares são remotos torna impossível o acesso da ajuda humanitária da ONU.

A Acnur reconheceu que apesar do número crescente de refugiados sul-sudaneses, os países vizinhos mantêm abertas suas fronteiras, fundamentalmente para mulheres e crianças.

A Etiópia abriga mais de 250 mil sul-sudaneses e continua recebendo diariamente uma média de 180 refugiados desse país.

Esse mesmo país abriga também quase meio milhão de refugiados de outras nacionalidades africanas, destacou a Acnur.

Nos últimos 18 meses, Uganda acolheu mais de 155 mil sul-sudaneses, enquanto o Quênia recebeu no mesmo período 46 mil refugiados dessa nacionalidade em um acampamento, onde vivem 185 mil pessoas de vários países.

A guerra civil no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 e todos os esforços nacionais e internacionais para atingir a paz fracassaram.

A Acnur alerta em sua nota que atualmente dispõe de 12 por cento dos 810 milhões de dólares necessários para atender as necessidades básicas dos refugiados amparados pela bandeira das Nações Unidas, situados na Etiópia, Uganda, Quênia e Sudão.