Produção industrial cresce em 9 de 14 locais em maio

O crescimento apurado pela produção industrial nacional, na passagem de abril para maio de 2015 foi acompanhado por nove dos 14 locais pesquisados, com destaque para os avanços mais intensos registrados no Ceará (3,6%), Amazonas (2,6%), Pernambuco (1,4%) e Minas Gerais (1,3%), segundo dados sazonalmente ajustados e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

produção industrial

Com os resultados desse mês, o Ceará eliminou parte do recuo de 10,1% observado no período de março-abril; o Amazonas recuperou parte da queda de 4,8% registrada em abril; Pernambuco interrompeu três meses de taxas negativas consecutivas, período em que acumulou perda de 9,0%; e Minas Gerais recuperou parte da perda de 5,8% assinalada entre fevereiro e abril. De acordo com a pesquisa, Santa Catarina (0,7%), Espírito Santo (0,6%), São Paulo (0,5%), Paraná (0,3%) e Rio de Janeiro (0,2%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em maio de 2015. Por outro lado, Região Nordeste (-2,2%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Pará (-1,5%) assinalaram as perdas mais elevadas, enquanto Bahia (-1,0%) e Goiás (-0,6%) apontaram reduções mais moderadas.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou recuo de 0,5%, no trimestre encerrado em maio de 2015, frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em setembro de 2014. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, nove locais mostraram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Ceará (-2,4%), Pernambuco (-1,9%), São Paulo (-1,5%), Rio Grande Sul (-0,7%) e Minas Gerais (-0,7%). Por outro lado, Bahia (4,7%), Rio de Janeiro (1,2%) e Região Nordeste (0,7%) registraram os principais avanços, em maio de 2015.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou redução de 8,8%, em maio de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando 13 dos 15 locais pesquisados – sendo que maio de 2015 (20 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (21). No mês, os recuos mais intensos foram registrados por Ceará (-13,9%), São Paulo (-13,7%), Amazonas (-13,7%) e Rio Grande do Sul (-13,3%). Paraná (-10,1%) e Santa Catarina (-9,9%) também apontaram quedas mais acentuadas do que a média nacional (-8,8%), enquanto Minas Gerais (-7,2%), Pernambuco (-6,2%), Bahia (-5,5%), Região Nordeste (-5,4%), Mato Grosso (-4,9%), Goiás (-3,4%) e Rio de Janeiro (-2%) completaram o conjunto de locais com taxas negativas nesse mês. Por outro lado, Espírito Santo (14,1%) e Pará (2,6%) assinalaram os avanços em maio de 2015, frente a maio de 2014.

O indicador acumulado para janeiro-maio de 2015, frente a igual período do ano anterior, modtra que a redução na produção nacional alcançou 13 dos 15 locais pesquisados, com oito recuando com intensidade superior à média nacional (-6,9%): Amazonas (-17,3%), Rio Grande do Sul (-11,5%), Bahia (-10,9%), Ceará (-9,4%), Paraná (-8,8%), São Paulo (-8,6%), Minais Gerais (-7,4%) e Santa Catarina (-7,4%). Os outros locais que apresentaram resultados negativos no acumulado dos cinco primeiros meses do ano foram a Região Nordeste (-6%), Rio de Janeiro (-4,6%), Goiás (-1,3%), Pernambuco (-1,3%) e Mato Grosso (-0,7%). Por outro lado, Espírito Santo (18%) e Pará (6,8%) assinalaram as taxas positivas no índice acumulado no ano, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo do setor extrativo.

O IBGE ressalta que os sinais de diminuição no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do índice acumulado no primeiro trimestre de 2015 com o resultado dos cinco primeiros meses de 2015, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, em que nove dos 15 locais pesquisados mostraram perda de dinamismo, acompanhando o movimento do índice nacional, que passou de -5,9% para -6,9%. Nesse mesmo tipo de confronto, Mato Grosso (de 4,0% para -0,7%), Ceará (de -6,1% para -9,4%), Pernambuco (de 2% para -1,3%), São Paulo (de -5,7% para -8,6%), Espírito Santo (de 20,7% para 18%) e Pará (de 8,8% para 6,8%) apontaram as maiores reduções, enquanto Rio de Janeiro (de -6,4% para -4,6%), Paraná (de -10,4% para -8,8%) e Bahia (de -12,1% para -10,9%) assinalaram os maiores ganhos de ritmo entre os dois períodos.

A taxa acumulada ao longo dos últimos doze meses apresentou um recuo de 5,3% em maio de 2015, e manteve a trajetória descendente iniciada em março de 2014 (2,1%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2009 (-7,1%). Em termos regionais, 11 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas, em maio de 2015, e 12 apontaram menor dinamismo frente ao índice de abril. As principais perdas, entre abril e maio, foram registradas no Pará (de 7,0% para 5,2%), Ceará (de -5% para -6%), São Paulo (de -7% para -7,9%), Santa Catarina (de -4,2% para -5,0%), Mato Grosso (de 2,4% para 1,7%) e Goiás (de 2,1% para 1,5%), enquanto Espírito Santo (de 13,2% para 14,3%) mostrou o maior ganho entre os dois períodos.